quarta-feira, 25 de junho de 2025
Cuidado Com Quem Chama
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Invocação do Mal 2
Título Original: The Conjuring 2
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Frances O'Connor
Sinopse:
Logo após participar das investigações paranormais na mansão em Amityville, onde toda uma família foi assassinada, o casal Warren é contactado pelas autoridades da Igreja Católica. Eles desejam que Ed (Patrick Wilson) e sua esposa Lorraine (Vera Farmiga) viajem até o norte de Londres para descobrirem se uma série de acontecimentos estranhos e misteriosos são verdadeiros ou uma fraude. A Igreja evita se envolver em casos que chamem muito a atenção da mídia e por essa razão antes de entrarem no caso querem sondar o que realmente estaria acontecendo. A garota Janet (Madison Wolfe) supostamente estaria possuída por uma entidade do mal. Nada porém poderia preparar para o que os Warren encontrariam naquela casa londrina sombria.
Comentários:
Sem fazer favor algum esse segundo filme da franquia "The Conjuring" é seguramente o melhor de toda a série. Um dos melhores filmes de terror que assisti recentemente. Inicialmente o roteiro se divide em duas linhas narrativas bem separadas. Na primeira, Lorraine Warren (Vera Farmiga) percebe que uma entidade demoníaca a seguiu até sua casa após ela participar das investigações envolvendo aquele crime horrendo ocorrido na casa de Amityville, um caso sinistro que deu origem a sua própria série de filmes de terror de sucesso. Pois bem, a tal entidade estaria se utilizando de uma imagem de blasfêmia justamente para corroer a fé de Lorraine - uma católica devota. Aparecendo como um freira amaldiçoada o demônio parece querer algo do casal. Na outra linha narrativa uma típica família londrina sofre um forte abalo quando a garotinha Janet (Madison Wolfe) começa a manifestar estranhos sinais de possessão. Ao que tudo indica sua casa estaria sendo assombrada pelo espírito de um velho que lá havia morado no passado. Quando a Igreja Católica entra no caso resolve enviar antes o casal Warren para investigar os fenômenos sobrenaturais que se manifestam, ligando as duas linhas narrativas. A partir daí temos um dos melhores roteiros dos últimos tempos no cinema americano. Tudo muito bem narrado, atuado e dirigido. Um dos aspectos mais curiosos vem da cena final, um clímax realmente de arrepiar. Até chegar lá porém o espectador não precisa se preocupar pois os sustos são muitos - e todos muito bem feitos, preferindo sempre valorizar o suspense. O diretor australiano James Wan não costuma errar pois já havia dirigido o primeiro filme "Invocação do Mal", "Jogos Mortais", o filme original e "Sobrenatural". Esse entende bem desse tipo de produção. Nota dez para ele e todos os envolvidos na realização desse ótimo terror.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de junho de 2025
Domínio - Prequel do Exorcista
Título Original: Dominion - Prequel to the Exorcist
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Productions
Direção: Paul Schrader
Roteiro: William Wisher Jr., Caleb Carr
Elenco: Stellan Skarsgård, Gabriel Mann, Clara Bellar
Sinopse:
Dois padres católicos, entre eles Lankester Merrin (Stellan Skarsgård), são enviados para a África para monitorarem a descoberta de uma antiga e desconhecida igreja soterrada pelas areias do deserto. Assim que entram no local descobrem que aquela igreja foge dos padrões convencionais. Dedicada ao anjo Gabriel, que na tradição teria vencido Lúcifer e seus demônios, ela esconde sob seu altar um terrível segredo envolvendo um mal milenar. Ao abrir aquelas portas os padres também abrem, sem saber, os próprios portões do inferno.
Comentários:
Esse filme mostra como foi confusa a volta da franquia "O Exorcista" para os cinemas. Essa produção foi dirigida pelo cineasta Paul Schrader. A produtora Morgan Creek não gostou do resultado. O projeto foi arquivado, embora quase concluído. O cineasta Renny Harlin finalizou assim a versão de "O Exorcista: O Início" e foi mal recebido por público e crítica. A Morgan Creek então voltou atrás e contratou novamente Schrader para terminar seu filme original. E é justamente isso que conferimos aqui em "Dominion: Prequel to the Exorcist". Embora não seja um grande filme consegue ser melhor do que a versão de Harlin, que ficou muito obcecado com efeitos digitais e esqueceu de desenvolver o lado de suspense e terror de sua obra cinematográfica. "Dominion" se mostra mais sofisticado sob esse ponto de vista. O enredo é melhor trabalhado e não abraça tantas soluções apelativas como o filme anterior. Também mostra problemas de produção pois como foi um projeto arquivado, desarquivado e montado meio que às pressas (para ser lançada pela Warner em 2005) mostra uma certa vacilação em torno do desenvolvimento dos acontecimentos e uma pobreza maior em termos de efeitos especiais. Mesmo assim é bem interessante, um projeto que espera-se não seja o último envolvendo a marca "O Exorcista".
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de junho de 2025
Sonâmbulos

Nessa revisão ficaram claros alguns pontos. A primeira metade do filme é muito superior ao seu terço final. O romance entre o sonâmbulo jovem Charles Brady e Tanya é tolinho e sem qualquer profundidade mas pelo menos mantém o interesse. A boa cena de perseguição entre um carro policial e o carro esporte de Charles também rende um bom momento. O clima de tensão envolvendo a velha casa e os gatos ao redor também é algo bacana, e original pois não tinha visto em nenhum filme. O problema de "Sonâmbulos" realmente é seu desfecho. A partir do momento em que Charles é atacado e volta para casa o filme desanda. Quando eles se transformam então o clima que era de sutil suspense é substituído pelo puro e simples trash. Faltou sutileza a Stephen King aqui. Mesmo com todos esses problemas vale a pena a espiada, principalmente para quem é fã do King. A ideia inicial é boa, bem bolada, mas desperdiçada ao longo do filme, o que é uma pena.
Sonâmbulos (Sleepwalkers, Estados Unidos, 1992) Direção: Mick Garris / Roteiro: Stephen King / Elenco: Brian Krause, Alice Krige, Madchen Amick / Sinopse: Um jovem e sua mãe pertencem a uma rara raça de monstros chamada Sleepwalkers (Sonâmbulos). Em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos tentam se misturar com a população local. Baseado na obra de Stephen King.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de junho de 2025
A Hora do Pesadelo 2
Título Original: A Nightmare on Elm Street Part 2 - Freddy's Revenge
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jack Sholder
Roteiro: David Chaskin, Wes Craven
Elenco: Robert Englund, Mark Patton, Kim Myers
Sinopse:
Freddy Krueger (Robert Englund), o assassino da rua Elm está de volta aos pesadelos dos adolescentes para continuar sua saga de mortes e violência. Seu alvo agora é um jovem que é raptado em seus sonhos pelo homicida lunático. 1,2... o Freddy está atrás de você, 3,4... tranque a porta do quarto, 5,6... mantenha o crucifixo ao seu lado, 7,8... é melhor ficar acordado, 9,10... nunca mais durma!
Comentários:
O primeiro "A Hora do Pesadelo" não foi um sucesso espetacular de bilheteria mas acabou encontrando uma verdadeira legião de fãs quando foi lançado em VHS. Em pouco tempo virou uma fita cultuada pelos admiradores do gênero e assim o estúdio percebeu que tinha um filão em mãos. Não tardou muito para que essa continuação fosse filmada. A primeira grande ausência que se nota aqui é a de Wes Craven que entrou em atrito com os produtores e não quis dirigir a sequência (embora tenha sido creditado no roteiro). Em seu lugar entrou Jack Sholder de "Noite de Pânico". De qualquer maneira para os fãs o que importava mesmo era o retorno do personagem Freddy Krueger que seria novamente interpretado pelo ator Robert Englund. "A Nightmare on Elm Street Part 2" não consegue ser um grande filme. Parte de sua trama é uma mera derivação do que se viu no primeiro filme e tirando uma ou outra cena mais bem bolada o que vemos é mais do mesmo. Seu grande mérito foi mesmo ter levado a franquia em frente, mostrando para a New Line que Krueger tinha potencial comercial. Com isso mais filmes do assassino Freddy Krueger ganhariam as telas e as locadoras nos anos que viriam.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 5 de junho de 2025
Sexta-feira 13 - Parte 3
Título Original: Friday the 13th Part III
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Steve Miner
Roteiro: Martin Kitrosser, Carol Watson
Elenco: Dana Kimmell, Tracie Savage, Richard Brooker
Sinopse:
Os jovens não aprendem. Após uma série de mortes causadas por Jason Voorhees (Richard Brooker) eles retornam para o isolado ex-campo de férias de Crystal Lake. No meio dos namoricos e brincadeiras começam a desconfiar que alguém está andando pela mata fechada do local. Um sinistro sujeito usando uma máscara de hockey com um facão. Sim, garotos, Jason está de volta para degolar suas cabeças!
Comentários:
Se deu certo uma, duas vezes, por que não levar em frente as matanças do psicopata Jason? Pois bem, é justamente isso que temos nessa terceira aventura. Na verdade o roteiro segue sendo mais uma vez uma mera derivação dos filmes anteriores com pequenas novidades - geralmente na forma como Jason mata suas vítimas. Por essa época o público já começava a se perguntar porque os jovens continuavam a ir para Crystal Lake, mesmo após tantas mortes sangrentas! Seriam desavisados ou simplesmente estúpidos? Na dúvida Jason não pensava duas vezes e passava o facão na galera que se atrevia a voltar por lá. A fórmula novamente se mostrou certeira e a Paramount voltou a lucrar com a franquia. Para os produtores não havia nada melhor, orçamento modesto, elenco praticamente desconhecido (que só estava lá para morrer mesmo) e roteiro básico. Obviamente nada disso importou para os fãs que se deliciaram com uma nova rodada de matança com Jason, o psicopata mais produtivo da história do cinema.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 4 de junho de 2025
Halloween: A Noite do Terror
terça-feira, 3 de junho de 2025
O Massacre da Serra Elétrica
Título Original: The Texas Chain Saw Massacre
Ano de Produção: 1974
País: Estados Unidos
Estúdio: Vortex
Direção: Tobe Hooper
Roteiro: Kim Henkel, Tobe Hooper
Elenco: Marilyn Burns, Edwin Neal, Allen Danziger
Sinopse:
Um grupo de jovens resolve entrar em uma região abandonada e isolada do Texas. Lá acabam entrando em contato com uma família doentia de psicopatas, canibais e sociopatas. Má ideia. Agora terão que lutar para continuarem vivos e não cairem nas garras de pessoas "amorosas" como Leatherface que anseiam por trucidar todos eles, aos pouquinhos e em pedacinhos...
Comentários:
Esse é o filme original, casca grossa e ultra violento. Imagine uma produção dessas em plenos anos 70. Ninguém nunca tinha visto algo igual. O interessante é que por ser tão diferente (e brutal) nenhum grande estúdio resolveu bancar o roteiro. Assim tudo foi filmado em 16mm, com orçamento mais do que restrito. No final das contas isso tudo só ajudou ao filme. Ele ficou com cara de coisa amadora, suja, que mostrava algo muito violento e sangrento, ou seja, o tipo de estética que atrai mesmo os fãs de filmes de terror mais sanguinários. A crítica da época se dividiu. Alguns acharam o filme vulgar e grotesco, um fruto da mente doentia de seus realizadores. Outros consideraram "The Texas Chainsaw Massacre" um marco por mostrar um evento sem máscaras, com toda a sua crueldade (o roteiro foi inspirado em um fato real ocorrido no Texas). A se lamentar apenas a falta de critério das distribuidoras nacionais que resolveram colocar no título a referência a uma "serra elétrica" que na verdade não existe no filme (o que vemos é uma serra movida a diesel). De qualquer maneira esse é o tipo de produção que não pode faltar na coleção de fãs de filmes de terror. Sim, é cru, barra pesada e voam tripas para todos os lados, mas também é um dos maiores clássicos de terror de todos os tempos. Quem diria que o psicótico Leatherface teria um dia tanto prestígio assim no mundo das artes...
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 2 de junho de 2025
As Noivas do Vampiro
Título no Brasil: As Noivas do Vampiro
Título Original: The Brides of Dracula
Ano de Produção: 1960
País: Inglaterra
Estúdio: Hammer Films
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster, Peter Bryan
Elenco: Peter Cushing, Martita Hunt, David Peel, Yvonne Monlaur
Sinopse:
Durante uma viagem pela Transilvânia a jovem professora Marianne Danielle (Yvonne Monlaur) se vê sem transporte pois seu cocheiro resolve desaparecer, muito provavelmente por estar apavorado com aquele sinistro lugar. Abandonada numa taverna local e sem ter para onde ir ela resolve aceitar o gentil convite da Baronesa Meinster (Martita Hunt) para passar a noite em seu castelo no alto das montanhas. O que Danielle não sabe é que o filho da Baronesa é um vampiro, mantido acorrentado em seus aposentos desde que virou uma sedenta criatura da noite. Como ela poderá sobreviver a essa terrível noite de terror?
Comentários:
Em 1958 o diretor Terence Fisher realizou o maior sucesso de bilheteria da Hammer, o filme "O Vampiro da Noite", onde o ator Christopher Lee interpretava o lendário Conde Drácula. O filme foi um grande êxito comercial porém havia um problema para realizar sua continuação: Drácula havia sido morto na última cena. Como então retomar a franquia? A solução encontrada pelos roteiristas foi explorar potenciais infectados pelo Conde no filme anterior, afinal ele havia atacado várias pessoas em sua jornada de horror. Um desses infectados seria justamente o jovem Barão Meinster (David Peel). Depois que vira um vampiro sua mãe o deixa preso em seu quarto, aprisionado por pesadas correntes. Quando uma jovem professora em visita à mansão, Marianne Danielle (Yvonne Monlaur), descobre esse fato fica imediatamente horrorizada, afinal que tipo de mãe aprisionaria seu próprio filho daquela maneira? Inocente da situação e iludida pelas falsas boas intenções do Barão vampiresco ela decide libertá-lo após roubar as chaves do cadeado que o mantém preso.
Solto, livre e sedento de sangue o Barão então começa sua fileira de vítimas a começar por sua própria mãe a quem ele não parece nada disposto a perdoar. Para salvar os moradores da pequena vila ao pé da montanha, o padre local decide chamar o cientista e especialista no assunto Dr. Van Helsing (Peter Cushing) que precisará enfrentar o Barão ao mesmo tempo em que tenta salvar a vida de jovens donzelas que foram mordidas pelo monstro e que agora são chamadas de "As Noivas de Drácula" (daí o título original da fita). Esse clássico terror da Hammer não poderia ser mais charmoso. Ao lado de uma maravilhosa direção de arte - com cenários bem construídos, efeitos especiais que para a época funcionavam muito bem e muito clima sombrio - se soma um roteiro bem escrito que resgata todos os pontos mais centrais dessa mitologia de vampiros (e que até hoje segue sendo utilizados, é bom frisar). Dessa maneira o diretor Terence Fisher acabou realizando uma pequena obra prima do gênero, fugindo do aspecto puramente comercial, o que poderia certamente se transformar na ruína do filme como um todo. Vale a indicação, principalmente para os que adoram esse tipo de produção ao velho estilo. Tudo muito sofisticado e de bom gosto.
Pablo Aluísio.
domingo, 1 de junho de 2025
Drácula - O Vampiro da Noite
Título Original: Dracula
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Hammer Film Productions
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster, Bram Stoker (livro)
Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Michael Gough
Sinopse:
Drácula (Christopher Lee) é um misterioso conde que resolve se vingar de Jonathan Harker, um jovem que consegue sobreviver a um ataque do vampiro em seu castelo. De volta à grande cidade, Drácula pretende destruir toda a família de Harker mas antes terá que enfrentar o professor e pesquisador Van Helsing (Peter Cushing), um estudioso da existência de seres da noite como o famigerado nobre Drácula.
Comentários:
Esse filme é um verdadeiro marco do cinema de terror inglês. Foi o primeiro de Christopher Lee no papel do conde Drácula e um dos maiores sucessos de bilheteria da produtora Hammer Film Productions que iria se especializar em fitas de horror nos anos seguintes (com ótimos resultados, é bom frisar). Para quem está acostumado com os vampiros do cinema da atualidade o filme certamente trará algumas belas surpresas. O Drácula de Lee não é um ser romântico, charmoso, em busca de belas donzelas para conquistar seu amor adolescente. Pelo contrário, ele é um monstro apenas, quase sem diálogos, que ataca nas noites escuras sem qualquer sutileza. Ele está em busca de sangue e vingança e nada mais do que isso. Tudo realizado no meio de uma Londres nebulosa e sombria. Por falar nisso a direção de arte do filme é um primor, com cenários góticos e um clima sórdido muito eficiente. Peter Cushing como Van Helsing também é outro ponto positivo da produção. Em suma, um clássico absoluto que até hoje diverte e empolga. Um filme essencial na coleção de todo fã de filmes de terror.
Pablo Aluísio.