domingo, 28 de setembro de 2025

Filmes de Terror - Lançamentos de Setembro de 2025

Filmes de Terror - Lançamentos
Aqui vão alguns filmes de terror lançados nos cinemas em setembro de 2025, com pequenas sinopses de cada um:

🎬 Filmes e sinopses

Invocação do Mal 4: O Último Ritual 
The Conjuring: Last Rites
Data de lançamento: 5 de setembro de 2025 
Sinopse: É o nono filme do universo The Conjuring e promete ser o capítulo final com os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren. Baseado em eventos reais (o caso de Smurl), o longa retrata mais uma investigação sobrenatural onde a família Warren enfrenta forças ocultas e fenômenos demoníacos cada vez mais intensos e perigosos. 

A Longa Marcha: Caminhe ou Morra 
The Long Walk
Data de lançamento: 12 de setembro de 2025 
Sinopse: Adaptação de Stephen King (sob pseudônimo Richard Bachman). Cenário distópico: 100 jovens participam de uma competição brutal chamada “The Long Walk”, na qual devem manter um ritmo mínimo de caminhada — se caírem abaixo desse ritmo ou receberem avisos suficientes, são eliminados (literalmente). O filme explora o desespero, resistência física e psicológica, bem como a moralidade e o sacrifício que envolve a sobrevivência. 

Os Estranhos: Capítulo 2 
The Strangers: Chapter 2
Data de lançamento: 26 de setembro de 2025 
Sinopse: Continuação da saga de The Strangers. Maya, que sobreviveu ao ataque brutal no primeiro capítulo, tenta se recuperar; porém, os mascarados descobriram que ela está viva e retornam para terminar o trabalho. Perseguida novamente, sem lugar seguro, Maya enfrenta medo, trauma e violência enquanto luta pela sobrevivência.

Him
Data de lançamento: 19 de setembro de 2025 
Sinopse: Mistura de terror psicológico com crítica sobre fama e sacrifício. Conta a história de Cameron “Cam” Cade, um jovem talento no futebol americano que sofre um trauma cerebral grave após um ataque de fã, bem quando se preparava para um evento decisivo. Ele recebe uma oportunidade de recuperação sob a tutela de Isaiah White, um lendário quarterback em fim de carreira, que o convida para treinar em um complexo isolado. A residência se torna um ambiente carregado de pressão, segredos e tensão mental. 

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Blade Runner - O Caçador de Andróides

Blade Runner - O Caçador de Andróides
Não poderia deixar passa em branco o aniversário de lançamento de Blade Runner. O filme estreou há exatos 30 anos. É assustador como o tempo passa rápido! E é justamente sobre o tempo que Blade Runner lida em seu roteiro. Na trama um grupo de Replicantes (seres artificiais que são criados para os trabalhos pesados que os humanos não querem mais fazer) se revoltam e tentam fugir. Seu tempo de vida (ou existência) é muito curto, eles possuem uma consciência e se ressentem pelo fato de que em breve simplesmente deixarão de existir. Harrison Ford (no auge de sua popularidade) interpreta um Blade Runner, uma espécie de caçador futurista desses seres que ousam se rebelar contra seus mestres (e criadores) humanos. O filme foi um fracasso de bilheteria em sua estréia e aos poucos foi ganhando o status que hoje possui. Na época não tive a oportunidade de assistir Blade Runner nos cinemas (era jovem demais para isso) mas ainda alcancei sua repercussão quando foi lançado com grande pompa no mercado de vídeo (ainda no sistema do antigo VHS). É engraçado porque aluguei o filme mesmo sendo aconselhado a não fazer por amigos que tinham achado o filme "chato" demais. Uma opinião bem normal para um grupo de garotos da década de 80. Mesmo assim assisti e tive uma boa impressão. 

Claro que por ser muito jovem não consegui na época compreender e captar todas as nuances do roteiro, seu aspecto existencial e sua carga filosófica mas não esqueci do impacto das belas imagens e da estória pouco convencional. Seu clímax também me impressionou bastante. Era algo realmente novo, diferente e aquilo tudo me marcou, ficando em meu inconsciente por anos e anos. Só muito tempo depois quando revi a produção numa idade mais adulta pude entender o excelente subtexto do filme, sua mensagem intrínseca sobre a efemeridade da vida, do dilema de sabermos sobre a finitude de nossa existência e a passageira experiência que no fundo se resume a nossa vida material. Quando se é muito jovem a questão da brevidade de nossas vidas é algo completamente sem importância. Os jovens realmente possuem essa idéia vaga de que são eternos e indestrutíveis. Isso só vai ganhando maior foco depois com o passar dos anos, quando a morte e sua possibilidade vai ficando cada vez mais presente. O que antes era algo muito remoto começa a rondar, inclusive no cessar de vidas de nossos parentes mais próximos e queridos. E isso é algo que os Replicantes do filme entendem bem pois sua existência é muito curta e eles convivem com isso desde muito cedo. Retratados como vilões os Replicantes de Blade Runner lutam apenas por uma existência digna no pouco tempo que lhes restam. De certo modo eles são mais virtuosos e profundos que os humanos que os perseguem. A proximidade com a finitude de suas existências leva ao enriquecimento interior. E no meio de todas essas questões metafísicas e existenciais está o tempo, implacável. Philip K. Dick, morto antes da finalização do filme, sabia muito bem disso e tentou passar através de seus escritos essa mensagem. Essa é em essência a grande mensagem do filme. A vida é um presente, um singular momento dentro da existência do universo, mas ao mesmo tempo é muito efêmera, passageira, fugaz. Embora cruel o fato é que todos devem aproveitar cada minuto de suas vidas pois ele pode ser o último. Assista Blade Runner e reflita sobre isso.  

Blade Runner (Blade Runner, Estados Unidos, 1982) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Hampton Fancher, David Webb Peoples baseado na novela "Do Androids Dream of Electric Sheep?" de Philip K. Dick / Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Daryl Hannah, Sean Young / Sinopse: Rick Deckard (Harrison Ford) é um caçador de andróides que sai no encalco de Roy (Rutger Hauer), um Replicante fugitivo.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Olhos Famintos

Título no Brasil: Olhos Famintos
Título Original: Jeepers Creepers
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists, American Zoetrope
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Gina Philips, Justin Long, Jonathan Breck
  
Sinopse:
Retornando para casa durante as férias de primavera, os irmãos Darry e Patricia Jenner testemunham a aparição de uma criatura bem sinistra que parece ir até um túnel sombrio. O fato os deixam curiosos e eles decidem ir até aquele local para investigar do que se trata. É um esconderijo perturbador, com seres estranhos e bizarros. Agora eles também entendem que são as próximas vítimas, pois o estranho ser começa a ir atrás deles por terem sido tão bisbilhoteiros. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Terror.

Comentários:
A fórmula pode até ser considerada batida e saturada, mas depois que você termina de assistir a "Jeepers Creepers" acaba descobrindo que ela ainda pode funcionar. Filmes de monstros nasceram com o próprio surgimento do cinema e nunca mais deixaram de fazer sucesso. Aqui temos um filme típico desse sub-gênero. Não há nada de espetacular no roteiro desse terror, a não ser o fato de que os escritores conseguiram revitalizar velhas situações, dando a impressão (nada mais do que mera impressão, é bom frisar) de que se tratava de algo novo. Brincando com o subconsciente do americano médio, que muitas vezes veio do meio-oeste, onde existem extensas fazendas e plantações, os diretores de arte criaram uma criatura monstruosa que remete aos velhos espantalhos dessas regiões. O efeito é obviamente eficiente, embora como gosto de salientar, nada muito original. Mesmo assim é um filme bacaninha para assistir numa noite entediada, sem nada mais interessante para fazer. A direção foi entregue a Victor Salva, que já havia chamado a atenção dos fãs de filmes Sci-fi antes com o estranho, mas interessante, "Energia Pura" de 1995. Depois do sucesso de "Olhos Famintos" ele ainda rodaria sua sequência, "Olhos Famintos 2" em 2003. E quem acha que a franquia não vai mais em frente é bom saber que o estúdio já anunciou agora para 2015 sua nova continuação, com o título de "Jeepers Creepers 3: Cathedral". Pelo visto essa estranha criatura ainda terá vida longa no cinema.

Pablo Aluísio

sábado, 13 de setembro de 2025

A Hora do Pesadelo 4 - O Mestre dos Sonhos

Título no Brasil: A Hora do Pesadelo 4 - O Mestre dos Sonhos
Título Original: A Nightmare on Elm Street 4 - The Dream Master
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Wes Craven, William Kotzwinkle
Elenco: Robert Englund, Rodney Eastman, John Beckman, Hope Marie Carlton, Kristen Clayton, Duane Davis

Sinopse:
Freddy Krueger retorna mais uma vez para aterrorizar os sonhos dos Dream Warriors restantes, bem como os de uma jovem que pode ser capaz de derrotá-lo para sempre. Filme indicado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de melhor filme de terror do ano.

Comentários:
Nunca foi o típico filme da carreira do diretor Renny Harlin. A praia dele sempre foi outra, de filmes de ação com muita pancadaria e troca de tiros com metralhadoras, mas devo dizer que ele surpreendeu nesse filme da série "A Nightmare on Elm Street". Ele trouxe um visual muito bem produzido, caprichado mesmo, para esse quarto filme. Diria até que é o filme mais diferenciado da franquia. Os efeitos especiais na década de 1980 nem era tão perfeitos, porém ele superou isso com uma direção de arte realmente muito boa, acima da média. A bilheteria também foi considerada top de linha, acima do previsto pelo estúdio New Line. Para um filme que custou pouco mais de 14 milhões de dólares, a soma de 98 milhões arrecadados foi considerada excelente, o que levaria Freddy Krueger a voltar em mais filmes nos anos que viriam. Já o diretor Renny Harlin não quis continuar na série. Ele largou o famoso personagem dos filmes de terror e foi dirigir "Duro de Matar 2" que iria se tornar um dos maiores sucessos de sua carreira.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

A Mosca da Cabeça Branca

Título no Brasil: A Mosca da Cabeça Branca
Título Original: The Fly
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Kurt Neumann
Roteiro: George Langelaan, James Clavell
Elenco: Vincent Price, Patricia Owens, Herbert Marshall, Kathleen Freeman, Betty Lou Gerson, Charles Herbert

Sinopse: 
Por anos um cientista tenta sem sucesso transportar matéria pelo espaço, indo de um lugar ao outro. A invenção poderia ser revolucionária para o futuro da humanidade. A tentativa se baseia na reconstrução molecular entre câmeras de transporte. Durante uma dessas tentativas porém uma mosca adentra o recipiente de transposição, fundindo o DNA do inseto com o DNA humano, criando nesse processo um ser simplesmente monstruoso!

Comentários:
Esse filme ganhou um selo de cult movie com o passar dos anos. É fato que se trata mesmo de um grande clássico do cinema fantástico do passado. O roteiro e sua direção de arte só ganharam com o passar do tempo e o filme não ficou ridículo após todos esses anos, o que é um feito e tanto! Aliás muito pelo contrário. O que vemos é Hollywood tentando captar o clima original em vários remakes, inclusive o de 1986 que também é uma pequena obra prima. A Mosca da Cabeça Branca tem todos os ingredientes dos filmes fantásticos dos anos 1950. Existe a desconfiança natural com os rumos da ciência, o cientista que não consegue frear seus impulsos, passando por cima da ética e os efeitos nefastos de seus experimentos - em filmes assim isso era representado justamente pelo surgimento de aberrações, monstros sanguinários. Uma maravilha! Não existe nada mais charmoso hoje em dia em termos de cinema do que os antigos - e muito bem bolados - filmes de Sci-fi dos anos 50 e 60. Em última análise essas produções continuam tão influentes hoje em dia como eram na época de seu lançamento! Nesse aspecto chega mesmo a ser genial. Outro aspecto digno de nota é que o filme não abusa dos efeitos especiais e nem da maquiagem. Sempre os esconde, nas sombras, por exemplo, justamente para manter o clima de suspense. Com isso o filme não foi atingido pelo tempo, uma vez que tudo é sutilmente escondido. Caso os efeitos datados fossem colocados mais em evidência o filme perderia e muito. Porém o roteiro foi inteligente o bastante para ser apenas sutil, sugerir na maior parte do tempo, sem apelar para o vulgar. Em suma, é um clássico sem dúvida. Um dos melhores de sua linhagem.

Pablo Aluísio.