terça-feira, 28 de outubro de 2025
A Bruxa de Blair
Título Original: The Blair Witch Project
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Roteiro: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Elenco: Heather Donahue, Michael C. Williams, Joshua Leonard, Bob Griffin, Jim King, Sandra Sánchez
Sinopse:
Um grupo de jovens resolve entrar na floresta para descobrir a verdade por trás de uma antiga lenda da região, que afirmava existir uma maldição em torno de uma bruxa que vivera no lugar há muitos anos. Essa lenda conhecida como "A Bruxa de Blair" teria algum fundo de verdade? Anos depois dessa busca o material de filmagem é encontrado perdido na floresta. O que teria acontecido com os jovens? Filme indicado ao Cannes Film Festival.
Comentários:
Essa produção pode ser considerada a grande pioneira no gênero mockumentary, do inglês mock (falso) + documentary (documentário), ou seja, os conhecidos falsos documentários, que assolam as produções de terror desde então. A ideia foi genial, não se pode negar. Os diretores, um bando de garotos, pegaram suas câmeras de mão e foram para a floresta fazer tomadas bem amadoras. Depois lançaram trechos na internet, como se tudo tivesse acontecido de verdade. Os tais vídeos se tornaram virais, trazendo uma enorme publicidade grátis. Depois de finalizado (com apenas 60 mil dólares), eles procuraram uma distribuidora e lançaram o filme no cinema. Acabou arrecadando nas bilheterias algo em torno de 140 milhões de dólares, se tornando assim um dos filmes mais lucrativos da história do cinema americano. "The Blair Witch Project", falando a verdade, tem uma história de bastidores mais interessante do que o próprio filme. Cinematograficamente falando, deixando de lado como a fita foi lançada, seus lucros absurdos, etc, não podemos negar que tudo é muito fraco. O roteiro praticamente inexiste, pois tudo foi criado ali mesmo, no meio do mato, sem muitos cuidados. O elenco, se é que podemos dizer que há um elenco no filme, é todo formado por jovens inexperientes, que nunca tinham participado de um filme antes. Mesmo com tanta precariedade (ou talvez justamente por causa disso), "A Bruxa de Blair" acabou virando um fenômeno. Como escrevi, o filme é ruim, mas a forma como ele mostrou a força da internet e as novas possibilidades de linguagem, não deixa de ter sua importância.
Pablo Aluísio.
sábado, 25 de outubro de 2025
O Silêncio dos Inocentes
Anthony Hopkins já tinha muita bagagem quando foi escalado para dar vida ao psicopata Hannibal. Ator de muito talento já tinha garantido seu espaço na história do cinema com obras realmente marcantes mas foi apenas com esse personagem que ele conseguiu se tornar conhecido do grande público. A partir de “O Silêncio dos Inocentes” se tornou um astro de primeira grandeza, capaz inclusive de estrelar outros blockbusters do cinema americano. Já Jodie Foster já era bem conhecida do público. Na realidade ela cresceu na frente das câmeras, conseguindo fazer a complicada transição de atriz mirim para uma carreira adulta. Talentosa atriz e também cineasta de mão cheia ela quase não entrou no filme pois estava envolvida em tantos projetos paralelos na época que sentiu que essa personagem não traria muito para sua carreira. Apenas por amizade ao diretor Jonathan Demme resolveu aceitar o papel. A chance de contracenar com Hopkins também pesou em sua decisão de participar do filme. Curiosamente, apesar de todo o sucesso de bilheteria de “O Silêncio dos Inocentes”, Jodie nunca mudou de opinião sobre seu trabalho aqui. Em entrevistas esclareceu que achou uma experiência válida mas que não acredita que o filme tenha trazido muito para sua carreira com um todo. De uma forma ou outra fica a recomendação dessa produção que realmente marcou época e segue sendo um dos melhores retratos de criminosos seriais da história do cinema.
O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, Estados Unidos, 1991) Direção: Jonathan Demme / Roteiro: Ted Tally, baseado no romance escrito por Thomas Harris / Elenco: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Lawrence A. Bonney, Kasi Lemmons / Sinopse: Uma agente do FBI tenta contar com a colaboração de um infame psicopata preso para tentar encontrar o rastro de um serial killer à solta na sociedade. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor (Jonathan Demme), Melhor Atriz (Jodie Foster), Melhor Ator (Anthony Hopkins) e Melhor Roteiro Adaptado (Ted Tally).
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Seven
Para investigar as mortes é designada uma dupla de policiais, formada pelo veterano tenente William Somerset (Morgan Freeman) e pelo novato detetive David Mills (Brad Pitt), jovem e explosivo tira com sede de novas experiências. O roteiro, muito bem escrito, explora um dos tipos de serial killers mais interessantes que existem para a dramaturgia, os chamados “assassinos religiosos” que geralmente encontram base para seus crimes em textos litúrgicos, onde imprimem uma interpretação mais do que pessoal ao que lêem nesses livros. A direção de arte é um dos grandes trunfos de “Seven” pois todas as cenas dos crimes mais parecem quadros macabros da mente do assassino. No fundo é apenas uma das várias assinaturas que o cineasta David Fincher vai deixando pelo caminho. Um dos últimos diretores realmente autorais do cinema americano da atualidade, Fincher faria sua obra prima alguns anos depois em “Clube da Luta”. Assim fica a recomendação de “Seven” um filme inteligente e perturbador nas medidas certas. Grande momento do chamado filão de filmes sobre assassinos em série.
Seven – Os Sete Crimes Capitais (Se7en, Estados Unidos, 1995) Direção: David Fincher / Roteiro: Andrew Kevin Walker / Elenco: Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow / Sinopse: Assassino em Série começa a executar suas vítimas usando como modelo os sete pecados capitais. Cada um dos crimes procura reproduzir as sete infrações religiosas. Para descobrir a autoria dos assassinatos dois policiais, um veterano e um novato, entram em campo.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Monstro: A História de Ed Gein
terça-feira, 14 de outubro de 2025
O Sexto Sentido
O sucesso foi espetacular. Para um filme de orçamento modesto e pretensões idem, "O Sexto Sentido" conseguiu a proeza de fatura mais de 700 milhões de dólares em bilheteria, um número realmente assombroso. O êxito comercial obviamente teve seu lado bom e ruim. O aspecto positivo foi que o gênero terror voltou ao topo em Hollywood por algum tempo. De uma hora para outra os estúdios acordaram para o fato de que o público ainda poderia comparecer em massa para ver filmes assim. O lado negativo foi que o sucesso trouxe uma liberdade a M. Night Shyamalan que ao longo do tempo lhe faria muito mal. Livre das amarras dos grandes estúdios ele começou a dar vazão a uma série de idéias que nem sempre funcionavam nas telas. Sem freios criaria argumentos sem pé nem cabeça para seus futuros filmes o que mais cedo ou mais tarde o acabaram levando para o buraco. Isso porém é tema para analisarmos quando formos falar de seus outros filmes. Por enquanto vale a pena deixar a indicação para essa pequena obra prima que causou muito impacto em seu lançamento. Nunca um filme sobre um garotinho que via gente morta despertou tanto interesse antes na história do cinema americano.
O Sexto Sentido (The Sixth Sense, Estados Unidos, 1999) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: M. Night Shyamalan / Elenco: Bruce Willis, Haley Joel Osment, Toni Collette, Olivia Williams, Donnie Wahlberg / Sinopse: Cole Sear (Haley Joel Osment) é um garotinho que nasceu com o poder de ver, falar e interagir com pessoas mortas. Para tentar estudar e solucionar seu problema ele começa a desenvolver uma sólida amizade com o Dr. Malcolm Crowe (Bruce Willis) que parece particularmente intrigado com esse precioso dom do garoto.
Pablo Aluísio.
sábado, 11 de outubro de 2025
Guia de Cinema - Edição III - Lançamentos de Filmes de Terror e Ficção
| Título no Brasil | Título Original | Sinopse |
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| O Telefone Preto 2 | The Black Phone 2 | Quatro anos após escapar do sequestrador conhecido como “O Pegador”, Finney tenta reconstruir sua vida, enquanto sua irmã mais nova, Gwen, começa a receber ligações do telefone preto em seus sonhos. Eles descobrem uma conexão perturbadora entre sua família e o assassino, e precisam confrontar tanto os traumas do passado quanto o mal que os persegue. (AdoroCinema) |
| Lago dos Ossos | Bone Lake | Um casal vai passar férias românticas em uma casa isolada à beira de um lago, mas precisa compartilhar a casa com outro casal misterioso. À medida que segredos antigos vêm à tona, o retiro se torna um pesadelo de mentiras, manipulação e horror. (grupocasalcinemas.com.br) |
| Os Estranhos: Capítulo 2 | The Strangers: Chapter 2 | Maya, que sobreviveu a um ataque brutal dos mascarados, agora está em uma fuga desesperada. Ela ainda é perseguida, e a ameaça se intensifica conforme os mascarados retornam, mais perigosos do que antes. (Wikipédia) |
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
10 Curiosidades sobre o filme Invocação do Mal 4
🔍 Curiosidades de Invocação do Mal 4
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Base em caso real – Smurl Haunting
O filme é inspirado no famoso caso de assombração da família Smurl, que viveu em West Pittston, Pensilvânia, na década de 1970. Eles relataram uma série de eventos sobrenaturais perturbadores. (Wikipédia) -
Último filme da saga principal com Ed & Lorraine Warren
Ele é apresentado como o capítulo final da série The Conjuring no que toca ao casal de investigadores paranormais (Patrick Wilson e Vera Farmiga). (Wikipedia) -
Direção e produção
Dirigido por Michael Chaves (que dirigiu The Conjuring: The Devil Made Me Do It), com roteiro de Ian Goldberg, Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick. Produzido por James Wan e Peter Safran. (Wikipédia) -
Orçamento e bilheteria
O orçamento foi de cerca de US$ 55 milhões. Já arrecadou globalmente cerca de US$ 459-460 milhões. (Wikipedia) -
Mudança de data de lançamento/campanha
Diferente dos filmes anteriores da franquia, Last Rites estreou no outono / início de setembro de 2025, em vez do verão americano, o que indica uma estratégia diferente para o gênero terror. (Collider) -
Desempenho recorde nas bilheterias
Na estreia nos EUA, faturou cerca de US$ 84 milhões, batendo recordes da franquia para primeiro fim-de-semana. Também teve uma abertura muito forte em mercados internacionais. (Wikipedia) -
Participação da filha Judy Warren
Mia Tomlinson interpreta Judy Warren (filha de Ed e Lorraine), e o filme dá maior espaço para ela e seu namorado Tony (interpretado por Ben Hardy), mostrando a nova geração nessa saga sobrenatural. (Digital Spy) -
Aspecto mais sombrio
Os produtores e o diretor dizem que este filme é o mais “escuro” da franquia, em termos de tom, cenas perturbadoras e horrores sobrenaturais, inclusive com entidades e situações de confronto emocional intenso. (EW.com) -
Final explicativo / possibilidades de continuidade
Embora seja anunciado como o “último ritual” da série principal com os Warrens, o desfecho deixa pistas para que futuros filmes possam focar em Judy Warren ou outros casos sobrenaturais. (geekinout.pt) -
Sucesso de bilheteria no Brasil
No Brasil, a estreia foi expressiva — segundo dados, no primeiro dia mais de 370 mil ingressos vendidos, arrecadando cerca de R$ 7,6 milhões, tornando-se a maior estreia de terror da história do país até então. (Wikipédia)
terça-feira, 7 de outubro de 2025
10 Curiosidades sobre a série Monstro: a História de Ed Gein
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Inspiração para clássicos do horror
A série enfatiza como os crimes reais de Ed Gein influenciaram filmes famosos como Psicose (Norman Bates), O Massacre da Serra Elétrica (Leatherface) e O Silêncio dos Inocentes (Buffalo Bill). (Observatório do Cinema) -
Mudança no comando criativo
Ao contrário das temporadas anteriores de Monster, esta terceira não é criada por Ryan Murphy — embora ele participe como produtor associado. O showrunner principal desta temporada é Ian Brennan. (Wikipedia) -
Transformação física do protagonista
Charlie Hunnam, que interpreta Ed Gein, passou por uma mudança física significativa para o papel. Ele perdeu cerca de 13,6 kg para se adequar à interpretação. (Observatório do Cinema) -
Mistura de fato e ficção
Há várias cenas dramatizadas que não têm evidência na vida real — por exemplo, o suposto assassinato do irmão Henry por Ed, mostrado na série, não está comprovado historicamente. (indy100) -
Personagem “romântico” dramatizado
A série insere a personagem Adeline Watkins como interesse romântico de Ed, com uma relação bastante romantizada. Histórias sugerem que essa relação foi exagerada pela mídia; ela mesma depois negou parte das declarações que deram essa versão. (Marie Claire) -
Presença de Hitchcock e sua obra referenciada
Alfred Hitchcock aparece como personagem na trama (interpretado por Tom Hollander), justamente por causa da influência que os crimes de Gein tiveram no gênero de horror e em filmes como Psicose. (Wikipedia) -
Controvérsias sobre gênero e identidade
A série aborda (e tenta desassociar) mitos conflituosos sobre Gein e sua relação com identidade de gênero, cross-dressing, etc. Há uma cena com Christine Jorgensen (ícone trans) que, na trama, ajuda Ed a entender algumas das suas fantasias/obsessões. (Netflix) -
Final simbólico e reflexivo
No episódio final há uma cena significante em que adolescentes tentam roubar a lápide de Ed Gein — algo baseado em acontecimentos reais, já que sua lápide foi furtada várias vezes. (Netflix) -
Recepção crítica negativa em muitos aspectos
Apesar da produção, figurino e atuação serem elogiados em alguns casos, a série foi criticada por muitos por sua narrativa pouco focada, uso excessivo de violência gráfica e imprecisões factuais. (Wikipedia) -
Duração, episódios e ambientação
São 8 episódios, ambientados nos anos 1950, no interior do Wisconsin. A série mostra o Ed Gein mais velho, sua vida isolada, sua relação com a mãe, seus delírios, e como ele chega aos extremos que chocam, conectando isso também à cultura pop de horror. (Netflix)









