Título no Brasil: Olhos Famintos 2
Título Original: Jeepers Creepers 2
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Jonathan Breck, Ray Wise, Nicki Aycos, Patricia Belcher, Brandon Smith, Eileen Brennan
Sinopse:
Um time de jovens atletas fica encurralado dentro do próprio ônibus em que viajam. Tudo acontece de repente, no meio da noite, quando eles são atacados por um estranho ser com asas. Um monstro que parece ter vindo das fossas infernais. Filme indicado no Fangoria Chainsaw Awards.
Comentários:
Segundo filme da franquia. Eu me recordo que assisti a esse filme numa sessão de madrugada, ainda na TV aberta. É o tipo de situação ideal para assistir a um filme de terror como esse. Não que seja assustador demais ou nada parecido. Para quem é veterano nesse tipo de produção nada será tão aterrorizante. Eu costumo dizer que "Olhos Famintos" é um filme de monstro bem realizado. Nos anos 50 chamavam esse tipo de terror de "Monstro da semana". É mais ou menos isso. Temos uma criatura com design bem feito, um bando de adolescentes anônimos para morrer em suas mãos e um roteiro que saiba criar situações de bons sustos. Não precisa de mais nada além disso. Nesse aspecto esse segundo filme não decepciona. O monstro está lá, os jovens estão encurralados e vão morrendo uma após o outro. E o interessante é que além de dirigir um velho carro enferrujado, o tal monstro ainda é alado e sai voando por aí! O roteiro por sua vez nunca explica exatamente o que seria esse ser. Um demônio? Um alien? Um exemplar de uma explosão atômica? Sem explicações. Nada. Sinceramente, não tem como não gostar desse tipo de filme. Eu gosto bastante, mesmo sabendo do seu teor de filme trash.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 26 de novembro de 2025
A Experiência
Título no Brasil: A Experiência
Título Original: Species
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Dennis Feldman
Elenco: Natasha Henstridge, Michael Madsen, Ben Kingsley
Sinopse:
Cientistas manipulam a carga genética de seres extraterrestres e dão origem a um ser híbrido, meio ser humano e meio alien. O experimento dá origem a uma garota que aparentemente seria normal, porém sua presença logo se torna perigosa. Após conseguir fugir ela ganha a liberdade e começa a tentar perpetuar sua espécie em nosso planeta.
Comentários:
Ficou extremamente datado com os anos essa ficção "Species". Também pudera, filmes assim se apoiam bastante em efeitos digitais e quando eles se tornam ultrapassados a tendência é o próprio filme também ficar obsoleto, já que em termos de roteiro não há muito o que apreciar. De certa forma o argumento procurou tirar proveito de um tema que andava muito em voga nos anos 1990, envolvendo as maravilhosas descobertas da tecnologia biológica e sua manipulação. Obviamente que esse tipo de coisa também levava a outra discussão envolvendo bioética e temas semelhantes. Isso porém não é muito explorado pelo roteiro, pelo menos não diretamente. O que sobra é apenas um bom ponto de partida que não consegue alcançar todas as suas promessas e potencialidades. Também é de se chamar atenção para o fato do filme ter sido dirigido pelo cineasta Roger Donaldson. A verdade é que o universo Sci-fi nunca foi sua praia e apesar de ser um diretor de mão cheia, ele não conseguiu transitar nesse gênero de forma muito convincente. Mesmo assim, com o sucesso da fita, tivemos várias sequências, a maioria delas belas porcarias. É a tal coisa, nem sempre sucesso comercial rima com qualidade cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Título Original: Species
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Dennis Feldman
Elenco: Natasha Henstridge, Michael Madsen, Ben Kingsley
Sinopse:
Cientistas manipulam a carga genética de seres extraterrestres e dão origem a um ser híbrido, meio ser humano e meio alien. O experimento dá origem a uma garota que aparentemente seria normal, porém sua presença logo se torna perigosa. Após conseguir fugir ela ganha a liberdade e começa a tentar perpetuar sua espécie em nosso planeta.
Comentários:
Ficou extremamente datado com os anos essa ficção "Species". Também pudera, filmes assim se apoiam bastante em efeitos digitais e quando eles se tornam ultrapassados a tendência é o próprio filme também ficar obsoleto, já que em termos de roteiro não há muito o que apreciar. De certa forma o argumento procurou tirar proveito de um tema que andava muito em voga nos anos 1990, envolvendo as maravilhosas descobertas da tecnologia biológica e sua manipulação. Obviamente que esse tipo de coisa também levava a outra discussão envolvendo bioética e temas semelhantes. Isso porém não é muito explorado pelo roteiro, pelo menos não diretamente. O que sobra é apenas um bom ponto de partida que não consegue alcançar todas as suas promessas e potencialidades. Também é de se chamar atenção para o fato do filme ter sido dirigido pelo cineasta Roger Donaldson. A verdade é que o universo Sci-fi nunca foi sua praia e apesar de ser um diretor de mão cheia, ele não conseguiu transitar nesse gênero de forma muito convincente. Mesmo assim, com o sucesso da fita, tivemos várias sequências, a maioria delas belas porcarias. É a tal coisa, nem sempre sucesso comercial rima com qualidade cinematográfica.
Pablo Aluísio.
Sexta-feira 13 - Parte 5
Título no Brasil: Sexta-feira 13 - Parte 5 - Um Novo Começo
Título Original: Friday the 13th - A New Beginning
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Danny Steinmann
Roteiro: Martin Kitrosser, David Cohen
Elenco: Melanie Kinnaman, John Shepherd, Shavar Ross
Sinopse:
Dez anos depois de matar o assassino mascarado Jason Voorhees, Tommy Jarvis está finalmente se recuperando. Ele passou seus últimos anos internado em hospitais psiquiátricos. Apesar do longo tratamento ainda não conseguiu se livrar de pesadelos sobre o retorno de Jason. Quando Tommy é enviado para uma casa de recuperação rural na Califórnia para adolescentes com transtornos mentais, uma série de terríveis assassinatos começam a novamente acontecer. Teria Tommy enlouquecido de vez ou Jason teria encontrado uma saída para o mundo dos mortos?
Comentários:
Depois do filme anterior que se denominava "O Capítulo Final" o que os fãs poderiam esperar? Pelo lógica nada mais, afinal seria o fim da franquia mas... o fato é que a lógica não se aplica muito nos filmes da série "Friday the 13th". Os executivos então tiraram da cartola "Um Novo Começo"! Ora, não era segredo para ninguém que os filmes de Jason Voorhees tinham se transformado numa mina de ouro para a Paramount. Afinal as produções eram baratas, não precisavam contar com elenco famoso e caro e rendiam seus milhões de dólares na bilheteria sem muito esforço. E como Jason estava sempre usando máscaras não havia problemas em substituir o ator que o encarnava a cada novo filme sangrento! Bem ao contrário de "A Hora do Pesadelo", por exemplo, que a cada nova produção havia problemas para aceitar o cachê pedido por Robert Englund para voltar à pele de Freddy Krueger. Essa quinta aventura optou por incorporar elementos que estavam na moda nos filmes de terror da época (estamos falando de meados dos anos 80). O resultado em minha opinião é muito bom até, apesar da apelação. Durante toda a projeção ficamos curiosos em saber como os roteiristas levam em frente um enredo que já deveria ter acabado no filme anterior. A imaginação a serviço do lucro!
Pablo Aluísio.
Título Original: Friday the 13th - A New Beginning
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Danny Steinmann
Roteiro: Martin Kitrosser, David Cohen
Elenco: Melanie Kinnaman, John Shepherd, Shavar Ross
Sinopse:
Dez anos depois de matar o assassino mascarado Jason Voorhees, Tommy Jarvis está finalmente se recuperando. Ele passou seus últimos anos internado em hospitais psiquiátricos. Apesar do longo tratamento ainda não conseguiu se livrar de pesadelos sobre o retorno de Jason. Quando Tommy é enviado para uma casa de recuperação rural na Califórnia para adolescentes com transtornos mentais, uma série de terríveis assassinatos começam a novamente acontecer. Teria Tommy enlouquecido de vez ou Jason teria encontrado uma saída para o mundo dos mortos?
Comentários:
Depois do filme anterior que se denominava "O Capítulo Final" o que os fãs poderiam esperar? Pelo lógica nada mais, afinal seria o fim da franquia mas... o fato é que a lógica não se aplica muito nos filmes da série "Friday the 13th". Os executivos então tiraram da cartola "Um Novo Começo"! Ora, não era segredo para ninguém que os filmes de Jason Voorhees tinham se transformado numa mina de ouro para a Paramount. Afinal as produções eram baratas, não precisavam contar com elenco famoso e caro e rendiam seus milhões de dólares na bilheteria sem muito esforço. E como Jason estava sempre usando máscaras não havia problemas em substituir o ator que o encarnava a cada novo filme sangrento! Bem ao contrário de "A Hora do Pesadelo", por exemplo, que a cada nova produção havia problemas para aceitar o cachê pedido por Robert Englund para voltar à pele de Freddy Krueger. Essa quinta aventura optou por incorporar elementos que estavam na moda nos filmes de terror da época (estamos falando de meados dos anos 80). O resultado em minha opinião é muito bom até, apesar da apelação. Durante toda a projeção ficamos curiosos em saber como os roteiristas levam em frente um enredo que já deveria ter acabado no filme anterior. A imaginação a serviço do lucro!
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Predador: Terras Selvagens
O novo filme da franquia Predador vai indo muito bem, tanto em termos de bilheteria, como de crítica. O filme esteve entre as melhores bilheterias em suas duas primeiras semanas de exibição. Além disso a reação da crítica tem sido surpreendentemente positiva, algo que pegou até mesmo os estúdios Disney de surpresa. O estúdio assim joga todas as suas apostas no diretor Dan Trachtenberg. Ele já havia se saído bem, se tornando bem sucedido comercialmente no filme anterior da franquia "Predador: A Caçada" (2022) e na animação "Predador: Assassino de Assassinos". Como ambos foram bem recebidos de maneira em geral ,ele agora passa a comandar totalmente a franquia.
Para o cineasta chegou a hora de desenvolver melhor a mitologia em torno desse alienígena caçador. Nos primeiros filmes ele era apenas um monstro que veio do espaço. Nada era dito ou desenvolvido sobre ele. Agora, com esses novos filmes, a tentativa é de expandir a mitologia, mostrando até mesmo a cultura desses seres espaciais. Pelo visto tanto público como a crítica estão respondendo positivamente a esses novos rumos.
Predador: Terras Selvagens (Predator: Badlands, Estados Unidos, 2025) Direção: Dan Trachtenberg / Roteiro: Dan Trachtenberg; Patrick Aison / Elenco: Elle Fanning; Dimitrius Schuster-Koloamatangi; Reuben de Jong; Mike Homik; Rohinal Nayaran; Cameron Brown / Sinopse: No futuro, em um planeta remoto e hostil chamado Genna, um jovem Predador chamado Dek — rejeitado por seu clã por ser considerado fraco — busca provar seu valor. Exilado, ele encontra uma aliada improvável: Thia, uma sintética danificada da corporação Weyland-Yutani. Juntos, eles embarcam numa jornada perigosa em busca de um adversário supremo, enfrentando ameaças naturais e criaturas mortais, numa luta pela sobrevivência e pela redenção de Dek.
Pablo Aluísio.
Pânico 2
Título no Brasil: Pânico 2
Título Original: Scream 2
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette, Jada Pinkett Smith, Heather Graham
Sinopse:
Dois anos após os acontecimentos do primeiro filme Sidney Prescott (Neve Campbell) tenta retomar sua vida. Ela volta para a sua escola, Windsor College. Tudo vai bem até que as roupas que foram usadas pelo serial killer Ghostface desaparece. Primeiro todos pensam se tratar apenas de um trote de alunos querendo fazer brincadeiras de humor negro. Depois as coisas ficam mais sérias quando começa uma nova onda de crimes pelos corredores do colégio. Filme premiado no MTV Movie Awards na categoria de Melhor Atriz (Neve Campbell).
Comentários:
Diante da mediocridade do gênero terror nos anos 90 e diante do imenso sucesso do primeiro filme "Scream", alguém realmente tinha alguma dúvida de que uma sequência iria ser lançada nos cinemas? Obviamente não! Assim em 1997 chegou nas telas essa muito fraca continuação, tão fraca que sequer encontramos ânimo suficiente para começar a criticar, diante de tantos problemas. O roteiro é basicamente o mesmo, com estudantes de high school enfrentando problemas com o reaparecimento do serial killer conhecido como Ghostface. Mas afinal o que teria acontecido? Prenderam o assassino errado? Ou é apenas alguém se fazendo passar pelo criminoso, usando seus métodos tão conhecidos de matar? Não adianta perder muito tempo procurando por respostas pois esse "Pânico 2" é uma bobagem, uma mera tentativa de faturar mais alguns milhões nas bilheterias sem muito esforço - algo que efetivamente conseguiram pois o filme, que custou pouco mais de 20 milhões, acabou faturando 150 milhões de dólares em todo o mundo! Nada mal não é mesmo? Os produtores e executivos da Dimension Films certamente agradeceram aos fãs da franquia. Lucro rápido e fácil.
Pablo Aluísio.
Título Original: Scream 2
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette, Jada Pinkett Smith, Heather Graham
Sinopse:
Dois anos após os acontecimentos do primeiro filme Sidney Prescott (Neve Campbell) tenta retomar sua vida. Ela volta para a sua escola, Windsor College. Tudo vai bem até que as roupas que foram usadas pelo serial killer Ghostface desaparece. Primeiro todos pensam se tratar apenas de um trote de alunos querendo fazer brincadeiras de humor negro. Depois as coisas ficam mais sérias quando começa uma nova onda de crimes pelos corredores do colégio. Filme premiado no MTV Movie Awards na categoria de Melhor Atriz (Neve Campbell).
Comentários:
Diante da mediocridade do gênero terror nos anos 90 e diante do imenso sucesso do primeiro filme "Scream", alguém realmente tinha alguma dúvida de que uma sequência iria ser lançada nos cinemas? Obviamente não! Assim em 1997 chegou nas telas essa muito fraca continuação, tão fraca que sequer encontramos ânimo suficiente para começar a criticar, diante de tantos problemas. O roteiro é basicamente o mesmo, com estudantes de high school enfrentando problemas com o reaparecimento do serial killer conhecido como Ghostface. Mas afinal o que teria acontecido? Prenderam o assassino errado? Ou é apenas alguém se fazendo passar pelo criminoso, usando seus métodos tão conhecidos de matar? Não adianta perder muito tempo procurando por respostas pois esse "Pânico 2" é uma bobagem, uma mera tentativa de faturar mais alguns milhões nas bilheterias sem muito esforço - algo que efetivamente conseguiram pois o filme, que custou pouco mais de 20 milhões, acabou faturando 150 milhões de dólares em todo o mundo! Nada mal não é mesmo? Os produtores e executivos da Dimension Films certamente agradeceram aos fãs da franquia. Lucro rápido e fácil.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de novembro de 2025
Guia Completo: Frankenstein (2025)
Tudo o que você precisa saber sobre Frankenstein (2025):
O filme marca um projeto de longa data de Guillermo del Toro: ele vinha planejando uma adaptação de Frankenstein; or, The Modern Prometheus desde pelo menos 2010.
A estrutura narrativa é dividida em três partes: um prólogo em gelo (“Prelude”), seguido pelos capítulos “Victor’s Tale” e “The Creature’s Tale”, mostrando o ponto de vista do criador e da criatura sobre os acontecimentos do passado.
A estreia mundial ocorreu no Mostra Internacional de Cinema de Veneza (82ª edição) em 30 de agosto de 2025.
Lançamento: nos cinemas selecionados a partir de 17 de outubro de 2025 e, em streaming global via Netflix em 7 de novembro de 2025.
A performance de Jacob Elordi como a criatura foi especialmente elogiada pela crítica.
Visualmente, o filme traz o estilo gótico característico de del Toro, com forte presença de design, cor e atmosfera dramática — por exemplo, a criatura com “torso como placas tectônicas fundidas”.
Apesar de ser edição para streaming, o diretor e elenco enfatizaram a importância da experiência cinematográfica em sala de exibição.
Trilha Sonora
A música original foi composta por Alexandre Desplat, colaborador habitual de Del Toro. O álbum da trilha sonora foi lançado em 7 de novembro de 2025 via Netflix Music superando as expectativas, se tornando um sucesso de vendas. A edição em vinil está disponível pela gravadora Mutant, com duas versões: edição padrão e edição de colecionador com encarte, ilustrações médicas e arte especial.
Algumas faixas e características da trilha: presença da violinista norueguesa Eldbjørg Hemsing para dar “voz” ao monstro, trilha que mistura tons líricos e emocionalmente carregados em vez de puro terror. Também foram usadas peças clássicas como de Johann Sebastian Bach e Wolfgang Amadeus Mozart integradas à narrativa musical.
Design de Produção & Figurinos
A figurinista é Kate Hawley, que trabalhou para criar visuais que refletem simbolismo religioso, natureza, insetos e botânica (“influência de besouros e estudos botânicos”). A designer de produção é Tamara Deverell, que fala de sets grandiosos (“iglu de gelo”, “laboratório do cientista em uma torre”) e do uso combinado de múltiplos ambientes para criar “grandeza gótica”.
O criado-efeito de criatura e maquiagem especial é liderado pelo designer de criaturas Mike Hill, que concebeu o visual do monstro em conjunto com Del Toro. A produção priorizou efeitos práticos e cenografia física em muitos casos, não apenas CGI, para dar realismo tátil ao ambiente.
Elementos visuais inovadores:
O vestido vermelho de Claire/Elizabeth (interpretada por Mia Goth) com significado simbólico, recriando elementos da alta costura do período vitoriano. A sequência de “Farthest North” (norte remoto, gelo) que na verdade se passou em estúdio de Toronto, recriando paisagem ártica. Um navio inteiro foi reconstruído para dar maior credibilidade visual ao filme como um todo. Os cenários do filme foram inspirados em construções e arquitetura típicos do período histórico em que o livro original foi lançado.
Crítica e opinião do público
No agregador Rotten Tomatoes, o filme está com cerca de 85% de aprovação por parte da crítica especializada. O público também reagiu muito bem: números reportam algo em torno de 97% de aprovação entre espectadores iniciais. Em festivais, o filme teve uma estreia marcante: no 82nd Venice Film Festival recebeu uma ovação de cerca de 13 minutos na sua sessão de estreia. Comentários críticos elogiam fortemente o visual, os efeitos práticos, a ambientação gótica e a profundidade emocional. Alguns pontos de atenção apontam que talvez o ritmo seja mais lento e que nem todos se conectem com o tom.
Resultado comercial e desempenho
O orçamento do filme é estimado em cerca de US$ 120 milhões. Por se tratar de um lançamento híbrido (cinema limitado + streaming via Netflix), os números de bilheteria tradicionais são quase inexistentes ou não divulgados amplamente. A exibição nos cinemas foi limitado a poucas salas nos Estados Unidos. Em streaming, o filme estreou fortemente: nos primeiros dias na Netflix alcançou cerca de 29,1 milhões de visualizações (em apenas 3 dias) traduzindo em 73,6 milhões de horas assistidas. Além disso, ele atingiu o topo do ranking global de filmes da Netflix na semana de seu lançamento.
Conclusão
Apesar da bilheteria cinematográfica tradicional ainda ser limitada — devido ao modelo de lançamento — o filme já se mostra um sucesso de streaming e de aclamação crítica/público. O fato de alcançar milhões de visualizações em poucos dias na Netflix, combinado com críticas majoritariamente positivas, indica que o investimento de US$ 120 milhões está sendo compensado em termos de impacto e visibilidade — mesmo que o retorno financeiro tradicional ainda esteja em fase inicial ou não totalmente divulgado.
terça-feira, 11 de novembro de 2025
Pânico
Título no Brasil: Pânico
Título Original: Scream
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette, Drew Barrymore
Sinopse:
Um serial killer mascarado começa a assassinar adolescentes em uma cidade pequena, e como o número de corpos aumenta a cada dia, uma jovem garota e seus amigos começam a se utilizar dos clichês dos filmes de terror para descobrir a identidade do verdadeiro criminoso. Filme vencedor do Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Terror, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz (Neve Campbell). Também vencedor do MTV Movie Awards na categoria de Melhor Filme.
Comentários:
Eu já estava muito calejado com filmes de terror quando essa fita virou febre entre os adolescentes. A única novidade era a premissa que partia de uma tentativa de brincar com os clichês do gênero ao mesmo tempo em que os utilizava para criar medo no público. Algo assim só funcionaria mesmo com neófitos no gênero terror - algo que eu já não era há muito tempo, pois já tinha passado da idade para isso. Por essa razão apesar do enorme sucesso de bilheteria e do impacto que causou dentro da cultura pop na época (fatos inegáveis), jamais consegui gostar do filme, de sua proposta e de seu resultado. Kevin Williamson, o roteirista que depois iria desenvolver uma bela carreira na TV criando séries de sucesso como "Diário de um Vampiro", "The Following" e "Stalker", soube muito bem usar as mais batidas fórmulas do terror dos anos 80 para reciclar tudo, transformando em um novo sucesso de bilheteria. Ele aliás é o grande responsável pelo sucesso do filme uma vez que o diretor Wes Craven já estava envelhecido e no controle remoto em sua carreira. Seu trabalho rendeu apenas um filme burocrático que foi salvo do lugar comum por causa do texto de Williamson. Assim temos aqui um exercício de metalinguagem que usou do que havia de mais batido dentro do cinema para conquistar uma nova geração de fãs. Pelos resultados comerciais envolvidos acertaram realmente em cheio. Do ponto de vista puramente cinematográfico não consigo porém visualizar nada de muito marcante.
Pablo Aluísio.
Título Original: Scream
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Dimension Films
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Neve Campbell, Courteney Cox, David Arquette, Drew Barrymore
Sinopse:
Um serial killer mascarado começa a assassinar adolescentes em uma cidade pequena, e como o número de corpos aumenta a cada dia, uma jovem garota e seus amigos começam a se utilizar dos clichês dos filmes de terror para descobrir a identidade do verdadeiro criminoso. Filme vencedor do Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Filme de Terror, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz (Neve Campbell). Também vencedor do MTV Movie Awards na categoria de Melhor Filme.
Comentários:
Eu já estava muito calejado com filmes de terror quando essa fita virou febre entre os adolescentes. A única novidade era a premissa que partia de uma tentativa de brincar com os clichês do gênero ao mesmo tempo em que os utilizava para criar medo no público. Algo assim só funcionaria mesmo com neófitos no gênero terror - algo que eu já não era há muito tempo, pois já tinha passado da idade para isso. Por essa razão apesar do enorme sucesso de bilheteria e do impacto que causou dentro da cultura pop na época (fatos inegáveis), jamais consegui gostar do filme, de sua proposta e de seu resultado. Kevin Williamson, o roteirista que depois iria desenvolver uma bela carreira na TV criando séries de sucesso como "Diário de um Vampiro", "The Following" e "Stalker", soube muito bem usar as mais batidas fórmulas do terror dos anos 80 para reciclar tudo, transformando em um novo sucesso de bilheteria. Ele aliás é o grande responsável pelo sucesso do filme uma vez que o diretor Wes Craven já estava envelhecido e no controle remoto em sua carreira. Seu trabalho rendeu apenas um filme burocrático que foi salvo do lugar comum por causa do texto de Williamson. Assim temos aqui um exercício de metalinguagem que usou do que havia de mais batido dentro do cinema para conquistar uma nova geração de fãs. Pelos resultados comerciais envolvidos acertaram realmente em cheio. Do ponto de vista puramente cinematográfico não consigo porém visualizar nada de muito marcante.
Pablo Aluísio.
sábado, 8 de novembro de 2025
Minority Report
Minority Report
Philip K. Dick foi um escritor genial. Ele conseguia criar os universos mais estranhos, provavelmente porque vivia viajando em fartas doses de LSD. Aqui Dick mostra um futuro onde a polícia agiria antes dos crimes ocorrerem. O quadro perfeito. Antes do assassino matar sua vítima os tiras chegavam no lugar e o levavam para a prisão. A vítima, com sua vida poupada, seguia então em frente com sua vida. Sem danos na sociedade. Em cima dessa ideia original o diretor Steven Spielberg chamou o astro Tom Cruise para levar para as telas as ideias inovadoras de Dick. O resultado ficou muito bom, com excelentes efeitos especiais. A direção de arte é um dos grandes destaques e a presença de grandes atores como Max von Sydow no elenco de apoio completam o quadro.
Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.
Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.
Pablo Aluísio.
Agora é curioso que fiquei também com a sensação de que o filme poderia ser bem melhor. Assisti a essa ficção no cinema na época, com tudo o que de melhor havia em termos de tecnologia. Lá estava o Dolby Stereo e a projeção impecável para curtir todos os efeitos especiais, porém fiquei com a sensação de que era um filme que tinha tudo para ser uma obra prima, mas que não foi. Um filme que não cumpriu tudo o que prometia. E de fato é bem isso mesmo. Spielberg criou todo um mundo do futuro e tirou o máximo que podia em termos de originalidade do conto de Dick. A questão porém é que Spielberg não é Kubrick. Ele optou por fazer um filme mais convencional, popular, ao invés de Kubrick que certamente iria por outro caminho, tentando algo mais intelectual. O resultado assim é menos do que poderia ser. Cruise se esforça, dá tudo, mas seus cacoetes de interpretação também soam saturados. É bom conhecer, mas não espere por nada genial.
Minority Report - A Nova Lei (Minority Report, Estados Unidos, 2002) Estúdio: Twentieth Century Fox, DreamWorks SKG / Direção: Steven Spielberg / Roteiro: Scott Frank, baseado na obra de Philip K. Dick / Elenco: Tom Cruise, Max von Sydow, Steve Harris, Neal McDonough, Colin Farrell / Sinopse: No futuro, em 2054, um policial chamado John Anderton (Tom Cruise) é acusado de ter cometer um crime, antes mesmo que possa colocar adiante seus atos criminosos. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Edição de Som.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 5 de novembro de 2025
Os Outros
Os Outros
“Os Outros” foi um dos últimos grandes filmes de terror e suspense a chegar em nossas telas. Seu roteiro é um primor e a escolha de se priorizar o clima sufocante de uma grande casa que vive sempre às escuras foi mais do que acertada. A trama é relativamente simples: numa isolada e grande casa na Ilha de Jersey vive Grace (Nicole Kidman) e seus dois filhos. As crianças sofrem de uma estranha doença que as torna muito sensíveis a luz e por isso a casa está sempre fechada, com as cortinas cerradas. A rotina soturna da família começa a mudar quando chegam três novos empregados no local. Eles vêm em busca de emprego após os serviçais anteriores simplesmente sumirem. O problema é que a velha casa começa a mostrar sinais inexplicáveis como sons, móveis se arrastando e portas batendo. Intrigada Grace (Kidman) começa a investigar o que poderia estar acontecendo e descobre alarmada que o motivo talvez seja a presença de entidades sobrenaturais no local. Com o marido distante na guerra só lhe resta enfrentar o perigo oculto que se esconde nos cômodos escuros e sinistros do imóvel.
“Os Outros” é inteligente, bem desenvolvido e tem uma das melhores reviravoltas finais do cinema contemporâneo. O projeto foi o último do casal Nicole Kidman e Tom Cruise. O famoso ator aqui surge como produtor. Em crise o casal ainda conseguiu finalizar o filme mas o casamento não sobreviveu por muito tempo. Quando foi lançado e chegou finalmente nos cinemas o casal já se encontrava em processo de divórcio. Para as más línguas o ator Tom Cruise se separou de Nicole Kidman poucos dias antes dela ganhar direito à metade de sua fortuna pessoal (algo que havia sido estipulado no contrato pré-nupcial). Em vista de tantos problemas pessoais é de se admirar a grande atuação de Nicole Kidman (tão boa que lhe valeu a indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz – categoria Drama). Assim fica a recomendação. Se ainda não viu esse excelente “Os Outros” não perca mais tempo pois o filme já é desde já um clássico do gênero.
Os Outros (The Others, Estados Unidos, 2001) Direção: Alejandro Amenábar / Roteiro: Alejandro Amenábar / Elenco: Nicole Kidman, Fionnula Flanagan, Christopher Eccleston, Alakina Mann, James Bentley / Sinopse: Grace (Nicole Kidman) e seus filhos vivem numa isolada e distante casa na Ilha de Jersey quando começa a notar eventos inexplicáveis no local. Não tarda para ela começar a sentir a presença de entidades sobrenaturais. Indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza
Pablo Aluísio
“Os Outros” é inteligente, bem desenvolvido e tem uma das melhores reviravoltas finais do cinema contemporâneo. O projeto foi o último do casal Nicole Kidman e Tom Cruise. O famoso ator aqui surge como produtor. Em crise o casal ainda conseguiu finalizar o filme mas o casamento não sobreviveu por muito tempo. Quando foi lançado e chegou finalmente nos cinemas o casal já se encontrava em processo de divórcio. Para as más línguas o ator Tom Cruise se separou de Nicole Kidman poucos dias antes dela ganhar direito à metade de sua fortuna pessoal (algo que havia sido estipulado no contrato pré-nupcial). Em vista de tantos problemas pessoais é de se admirar a grande atuação de Nicole Kidman (tão boa que lhe valeu a indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz – categoria Drama). Assim fica a recomendação. Se ainda não viu esse excelente “Os Outros” não perca mais tempo pois o filme já é desde já um clássico do gênero.
Os Outros (The Others, Estados Unidos, 2001) Direção: Alejandro Amenábar / Roteiro: Alejandro Amenábar / Elenco: Nicole Kidman, Fionnula Flanagan, Christopher Eccleston, Alakina Mann, James Bentley / Sinopse: Grace (Nicole Kidman) e seus filhos vivem numa isolada e distante casa na Ilha de Jersey quando começa a notar eventos inexplicáveis no local. Não tarda para ela começar a sentir a presença de entidades sobrenaturais. Indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza
Pablo Aluísio
sábado, 1 de novembro de 2025
Guia de Cinema - Lançamentos de Filmes de Terror e Ficção
A seguir temos a lista dos filmes de terror e ficção que serão lançados nos cinemas em novembro de 2025. O fim de ano está chegando, mas os sustos estarão garantidos nessa época de festas nos cinemas.
Predator: Badlands
Para o dia 7 de novembro está prevista a estreia de mais um filme da linha "Predator". Trata-se de "Predator: Badlands". Na história um planeta é novamente visitado por um alien que vem para caçar seres humanos. A diferença é que dessa vez esse ser acaba fazendo uma estranha aliança com uma jovem humana. Juntos eles querem o prêmio máximo, o êxito em uma caçada terrível, contra um opositor formidável, um grande trófeu por sua bravura. A direção é assinada por Dan Trachtenberg. No Brasil o filme se chamará "“Predador: Terras Selvagens”.
The Running Man
Nova adaptação para os cinemas do conto de Stephen King que no passado deu origem ao filme "O Sobrevivente" com Arnold Schwarzenegger. Na história um homem é levado ao limite da sobrevivência em um jogo mortal, transmitido pela televisão, onde os competidores precisam ficar vivos enquanto lutam entre si e tentam vencer desafios mortais. O filme chega aos cinemas americanos no próximo dia 14 de novembro de 2025.
Keeper
Nessa história temos um casal que vai até uma cabana isolada para celebrar mais um ano dessa união que parece ser muito feliz. Quem conhece filmes de terror sabe muito bem que ir em cabanas isoladas pode ser uma péssima ideia, ainda mais se o lugar é alvo de fenômenos sobrenaturais. Esse é um filme ideal para quem aprecia terror psicológico. A direção é de Osgood Perkins. A data de estreia nos cinemas está prevista para o dia 14 de novembro.
Pablo Aluísio.
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