sábado, 1 de novembro de 2025

Guia de Cinema - Lançamentos de Filmes de Terror e Ficção

Guia de Cinema 
A seguir temos a lista dos filmes de terror e ficção que serão lançados nos cinemas em novembro de 2025. O fim de ano está chegando, mas os sustos estarão garantidos nessa época de festas nos cinemas. 

Predator: Badlands
Para o dia 7 de novembro está prevista a estreia de mais um filme da linha "Predator". Trata-se de "Predator: Badlands". Na história um planeta é novamente visitado por um alien que vem para caçar seres humanos. A diferença é que dessa vez esse ser acaba fazendo uma estranha aliança com uma jovem humana. Juntos eles querem o prêmio máximo, o êxito em uma caçada terrível, contra um opositor formidável, um grande trófeu por sua bravura. A direção é assinada por Dan Trachtenberg. No Brasil o filme se chamará "“Predador: Terras Selvagens”. 

The Running Man
Nova adaptação para os cinemas do conto de Stephen King que no passado deu origem ao filme "O Sobrevivente" com Arnold Schwarzenegger. Na história um homem é levado ao limite da sobrevivência em um jogo mortal, transmitido pela televisão, onde os competidores precisam ficar vivos enquanto lutam entre si e tentam vencer desafios mortais. O filme chega aos cinemas americanos no próximo dia 14 de novembro de 2025. 

Keeper
Nessa história temos um casal que vai até uma cabana isolada para celebrar mais um ano dessa união que parece ser muito feliz. Quem conhece filmes de terror sabe muito bem que ir em cabanas isoladas pode ser uma péssima ideia, ainda mais se o lugar é alvo de fenômenos sobrenaturais. Esse é um filme ideal para quem aprecia terror psicológico. A direção é de Osgood Perkins. A data de estreia nos cinemas está prevista para o dia 14 de novembro. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Entrevista Com o Vampiro

Entrevista Com o Vampiro
O primeiro filme de terror da carreira de Tom Cruise. Aqui ele interpreta Lestat, um dos personagens mais disputados em Hollywood na época. Baseado no famoso livro da escritora Anne Rice o filme era considerado êxito certo por causa da popularidade dos livros nos quais era baseado. A produção porém foi conturbada para o ator. Logo no começo ele teve que enfrentar a oposição da própria Anne Rice que o achava totalmente inadequado para o papel. Fato que ela revelou publicamente, colocando em dúvida a capacidade de Cruise em fazer seu famoso personagem vampiro com a sofisticação necessária. Além de ter que lidar com Rice, Cruise ainda encontrou problemas dentro do próprio set. Ele não se deu bem com seu parceiro em cena, Brad Pitt. Ambos começaram a disputar entre si para ver quem roubaria o filme de quem. O diretor Neil Jordan, que vinha do sucesso cult "Traídos Pelo Desejo" não conseguiu se impor aos astros em plena guerra de egos inflados.

No final, apesar dos problemas o filme se tornou um grande sucesso e Cruise, para surpresa de todos, recebeu diversos elogios por sua caracterização de Lestat de Lioncourt. Para coroar ainda mais o bom momento a própria Rice acabou dando o braço a torcer e se desculpou (também publicamente) por ter criticado Cruise antes mesmo de ver seu trabalho em cena. O filme também foi bem recebido pela crítica em geral que considerou a adaptação correta e em bom tom. De certa forma a produção acabaria revivendo o mito do vampiro no cinema o que iria desandar nos tempos atuais onde os seres noturnos parecem estar em todos os lugares: seriados de TV, franquias de sucesso no cinema, jogos de videogame, best sellers, etc. Anne Rice pode ser considerada a verdadeira responsável por essa onda de vampirismo na cultura pop que vivemos atualmente. Ela trouxe o velho monstro de volta à moda. Se isso foi bom ou ruim já é tema para outro tipo de discussão.

Entrevista Com o Vampiro (Interview With the Vampire, Estados Unidos, 1994) Direção: Neil Jordan / Roteiro: Neil Jordan, Michael Cristofer, Anne Rice / Elenco: Tom Cruise, Brad Pitt, Antonio Banderas, Christian Slater, Kirsten Dunst, Stephen Rea / Sinopse: "Entrevista Com o Vampiro" foi baaseado no famoso livro de mesmo nome da autora Anne Rice. Nele acompanhamos Louis (Brad Pitt), um vampiro secular que resolve contar sua história para um jovem repórter (Christian Slater).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de outubro de 2025

A Bruxa de Blair

Título no Brasil: A Bruxa de Blair
Título Original: The Blair Witch Project
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Roteiro: Daniel Myrick, Eduardo Sánchez
Elenco: Heather Donahue, Michael C. Williams, Joshua Leonard, Bob Griffin, Jim King, Sandra Sánchez
  
Sinopse:
Um grupo de jovens resolve entrar na floresta para descobrir a verdade por trás de uma antiga lenda da região, que afirmava existir uma maldição em torno de uma bruxa que vivera no lugar há muitos anos. Essa lenda conhecida como "A Bruxa de Blair" teria algum fundo de verdade? Anos depois dessa busca o material de filmagem é encontrado perdido na floresta. O que teria acontecido com os jovens? Filme indicado ao Cannes Film Festival.

Comentários:
Essa produção pode ser considerada a grande pioneira no gênero mockumentary, do inglês mock (falso) + documentary (documentário), ou seja, os conhecidos falsos documentários, que assolam as produções de terror desde então. A ideia foi genial, não se pode negar. Os diretores, um bando de garotos, pegaram suas câmeras de mão e foram para a floresta fazer tomadas bem amadoras. Depois lançaram trechos na internet, como se tudo tivesse acontecido de verdade. Os tais vídeos se tornaram virais, trazendo uma enorme publicidade grátis. Depois de finalizado (com apenas 60 mil dólares), eles procuraram uma distribuidora e lançaram o filme no cinema. Acabou arrecadando nas bilheterias algo em torno de 140 milhões de dólares, se tornando assim um dos filmes mais lucrativos da história do cinema americano. "The Blair Witch Project", falando a verdade, tem uma história de bastidores mais interessante do que o próprio filme. Cinematograficamente falando, deixando de lado como a fita foi lançada, seus lucros absurdos, etc, não podemos negar que tudo é muito fraco. O roteiro praticamente inexiste, pois tudo foi criado ali mesmo, no meio do mato, sem muitos cuidados. O elenco, se é que podemos dizer que há um elenco no filme, é todo formado por jovens inexperientes, que nunca tinham participado de um filme antes. Mesmo com tanta precariedade (ou talvez justamente por causa disso), "A Bruxa de Blair" acabou virando um fenômeno. Como escrevi, o filme é ruim, mas a forma como ele mostrou a força da internet e as novas possibilidades de linguagem, não deixa de ter sua importância.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de outubro de 2025

O Silêncio dos Inocentes

O Silêncio dos Inocentes
Outro filme ícone sobre serial killers foi esse excelente “O Silêncio dos Inocentes”. Aqui temos um roteiro mais cerebral que investe muito mais no choque de personalidades entre a agente do FBI Clarice Sterling (a sempre ótima Jodie Foster) e o psicopata Hannibal Lecter (Anthony Hopkins, no papel de sua vida). Um dos grandes trunfos do roteiro é o próprio desenvolvimento do personagem Hannibal. Sujeito culto, inteligente, apreciador de boa música e artes, ele aparenta ser uma pessoa de fino trato. Por baixo de sua elegância e sofisticação porém se esconde um predador frio e cruel, capaz de cometer as maiores barbaridades com suas vítimas. Hannibal assim se revela como uma síntese da personalidade de muitos psicopatas e assassinos em série da vida real pois muitos deles são exatamente como o personagem retratado no filme, pessoas acima de qualquer suspeita, educados, elegantes no trato social mas verdadeiras feras insanas quando finalmente conseguem colocar as mãos em suas presas.

Anthony Hopkins já tinha muita bagagem quando foi escalado para dar vida ao psicopata Hannibal. Ator de muito talento já tinha garantido seu espaço na história do cinema com obras realmente marcantes mas foi apenas com esse personagem que ele conseguiu se tornar conhecido do grande público. A partir de “O Silêncio dos Inocentes” se tornou um astro de primeira grandeza, capaz inclusive de estrelar outros blockbusters do cinema americano. Já Jodie Foster já era bem conhecida do público. Na realidade ela cresceu na frente das câmeras, conseguindo fazer a complicada transição de atriz mirim para uma carreira adulta. Talentosa atriz e também cineasta de mão cheia ela quase não entrou no filme pois estava envolvida em tantos projetos paralelos na época que sentiu que essa personagem não traria muito para sua carreira. Apenas por amizade ao diretor Jonathan Demme resolveu aceitar o papel. A chance de contracenar com Hopkins também pesou em sua decisão de participar do filme. Curiosamente, apesar de todo o sucesso de bilheteria de “O Silêncio dos Inocentes”, Jodie nunca mudou de opinião sobre seu trabalho aqui. Em entrevistas esclareceu que achou uma experiência válida mas que não acredita que o filme tenha trazido muito para sua carreira com um todo. De uma forma ou outra fica a recomendação dessa produção que realmente marcou época e segue sendo um dos melhores retratos de criminosos seriais da história do cinema.

O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, Estados Unidos, 1991) Direção: Jonathan Demme / Roteiro: Ted Tally, baseado no romance escrito por Thomas Harris / Elenco: Jodie Foster, Anthony Hopkins, Lawrence A. Bonney, Kasi Lemmons / Sinopse: Uma agente do FBI tenta contar com a colaboração de um infame psicopata preso para tentar encontrar o rastro de um serial killer à solta na sociedade. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor (Jonathan Demme), Melhor Atriz (Jodie Foster), Melhor Ator (Anthony Hopkins) e Melhor Roteiro Adaptado (Ted Tally).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Seven

Seven
Filmes sobre psicopatas geralmente costumam ser muito bons, principalmente quando o roteiro explora a mente desses assassinos de forma inteligente e original. É uma longa tradição em Hollywood a produção desse tipo de filme, basta lembrar do clássico “Psicose” do mestre Hitchcock para entender bem esse aspecto. Aqui em “Seven – Os Sete Crimes Capitais” temos um exemplo mais recente de uma obra cinematográfica que aborda o tema de forma maravilhosamente bem executada. Embora conte em seu elenco com um jovem Brad Pitt a verdade pura e simples é que a grande estrela de “Seven” é seu roteiro muito bem trabalhado e estruturado. Na trama um serial killer mata suas vítimas com requintes de crueldade, tentando reviver nas mortes os chamados sete pecados capitais, a saber: Luxúria, Gula, Preguiça, Ira, Inveja, Cobiça e Vaidade. Em cada assassinato o psicopata deixa sua marca, numa clara tentativa de punir suas vitimas por serem pecadores desses sete pecados capitais.

Para investigar as mortes é designada uma dupla de policiais, formada pelo veterano tenente William Somerset (Morgan Freeman) e pelo novato detetive David Mills (Brad Pitt), jovem e explosivo tira com sede de novas experiências. O roteiro, muito bem escrito, explora um dos tipos de serial killers mais interessantes que existem para a dramaturgia, os chamados “assassinos religiosos” que geralmente encontram base para seus crimes em textos litúrgicos, onde imprimem uma interpretação mais do que pessoal ao que lêem nesses livros. A direção de arte é um dos grandes trunfos de “Seven” pois todas as cenas dos crimes mais parecem quadros macabros da mente do assassino. No fundo é apenas uma das várias assinaturas que o cineasta David Fincher vai deixando pelo caminho. Um dos últimos diretores realmente autorais do cinema americano da atualidade, Fincher faria sua obra prima alguns anos depois em “Clube da Luta”. Assim fica a recomendação de “Seven” um filme inteligente e perturbador nas medidas certas. Grande momento do chamado filão de filmes sobre assassinos em série.

Seven – Os Sete Crimes Capitais (Se7en, Estados Unidos, 1995) Direção: David Fincher / Roteiro: Andrew Kevin Walker / Elenco: Brad Pitt, Morgan Freeman, Gwyneth Paltrow / Sinopse: Assassino em Série começa a executar suas vítimas usando como modelo os sete pecados capitais. Cada um dos crimes procura reproduzir as sete infrações religiosas. Para descobrir a autoria dos assassinatos dois policiais, um veterano e um novato, entram em campo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Monstro: A História de Ed Gein


Monstro: A História de Ed Gein
Essa série de terror da Netflix está dando o que falar! Aqui vão algumas polêmicas e reações envolvendo Monstro: A História de Ed Gein, terceira temporada da série antológica Monster da Netflix, baseada em notícias, críticas especializadas e discussões do público. 

As imprecisões históricas e acusações de ficção exagerada
Uma das maiores críticas à série é de que ela mistura demasiadamente fato e ficção, inventando relacionamentos, motivações e cenas que não têm respaldo em registros históricos. Por exemplo, a trama insinua (ou mostra) um romance entre Ed Gein e Adeline Watkins, noivado, ou cumplicidade em crimes, quando na realidade os registros apontam apenas que Adeline era conhecida dele, que pode ter rejeitado propostas, e que ela própria desmentiu muitos boatos. Também há cenas que extrapolam evidências — como representações de violência extrema ou envolvimento dele em mortes não comprovadas, como a de seu irmão ou de uma jovem chamada Evelyn Hartley, que na série aparece associada de forma fictícia.

Essas distorções têm alimentado o debate sobre o quanto produções de true crime podem (ou devem) dramatizar para prender o público, e onde está o limite ético entre retratar horrores reais e explorar o sofrimento de vítimas ou familiares para efeito dramático ou de choque.

Reações da crítica e do público
As reações foram mistas — algumas pessoas elogiaram a produção, a ambientação, a atuação, o cuidado em explorar o estado mental de Gein e o impacto psicológico de seus traumas. Mas há críticas contundentes também: muitos críticos apontam que, apesar da produção visual e da atuação, a série se perde em subtramas exageradas, numa narrativa fragmentada, e em tom por vezes sensacionalista.

No Rotten Tomatoes, por exemplo, a aprovação da crítica ficou em torno de 45%, com base em avaliações recentes, o que indica uma recepção que mistura insatisfação com reconhecimento de méritos. A parte do público parece mais tolerante, ou até interessada nessas dramaturgias que se afastam dos fatos, mesmo reconhecendo os exageros.

Defesa dos criadores e argumento sobre o propósito artístico
Os criadores da série, especialmente Ian Brennan, rebateram as acusações de sensacionalismo. Ele afirma que a intenção não é explorar o sofrimento, mas sim mergulhar na mente de Gein para tentar compreender como traumas, isolamento e condições mentais contribuíram para seus atos. Brennan disse que “é importante contar a história completa, mesmo com partes difíceis de assistir” e que o horror interior da personagem é central, não apenas o horror físico ou chocante.

Também foi enfatizado que certos elementos fictícios ou reinterpretados servem para provocar reflexão sobre o gênero true crime em si — como a atração que o público sente por histórias reais de crime, o dilema ético de dramatizar tragédias, e a questão de como essas narrativas moldam nossa percepção de monstros, trauma, loucura.

Impactos e questões éticas levantadas
Uma das grandes polêmicas é sobre o respeito às vítimas e famílias. Quando se altera ou inventa aspectos de casos reais, há risco de ferir pessoas ligadas aos casos, ou de causar confusão sobre o que de fato ocorreu. Alguns espectadores reclamam que a série “vende” exageros dramáticos como se fossem verdades, o que pode comprometer a memória histórica dos eventos.

Também há um debate maior sobre o consumo de true crime como entretenimento: até que ponto o público quer ver horror real e o sofrimento humano? E para que serve mostrar traumas tão extremos? É educativo? É exploração? A série provoca essas perguntas, intencionalmente ou não. Alguns afirmam que ela ultrapassa o limite do que é necessário para contar uma história, empregando violência explícita e cenas perturbadoras talvez para chocar mais do que para iluminar.

Chad G. Petersen. 

terça-feira, 14 de outubro de 2025

O Sexto Sentido

O Sexto Sentido 
É realmente uma pena que um cineasta tão promissor como M. Night Shyamalan esteja em uma situação tão ruim na carreira como agora. Após alguns fracassos de público e crítica sua filmografia encontra-se em um beco sem saída. Isso me fez recordar desse "O Sexto Sentido", considerado por muitos a obra prima do diretor. Não é para menos, com um roteiro realmente surpreendente (que quanto menos se revelar, melhor), o texto brinca o tempo todo com o espectador que acaba levando um verdadeiro choque na cena final do filme. Depois do sucesso o argumento foi imitado à exaustão por um sem número de filmes de terror que tentavam aproveitar a onda do sucesso de "O Sexto Sentido". De repente todo filme trazia uma reviravolta mirabolante para causar aquela surpresa no público. Como sempre acontece no mundo das artes, o fato de ter sido tão imitado e copiado acabou desvalorizando a obra original. Hoje revisto o filme já não causa muito impacto, até porque é em essência aquele tipo de produção que uma vez revelada sua surpresa perde praticamente todo o impacto.

O sucesso foi espetacular. Para um filme de orçamento modesto e pretensões idem, "O Sexto Sentido" conseguiu a proeza de fatura mais de 700 milhões de dólares em bilheteria, um número realmente assombroso. O êxito comercial obviamente teve seu lado bom e ruim. O aspecto positivo foi que o gênero terror voltou ao topo em Hollywood por algum tempo. De uma hora para outra os estúdios acordaram para o fato de que o público ainda poderia comparecer em massa para ver filmes assim. O lado negativo foi que o sucesso trouxe uma liberdade a M. Night Shyamalan que ao longo do tempo lhe faria muito mal. Livre das amarras dos grandes estúdios ele começou a dar vazão a uma série de idéias que nem sempre funcionavam nas telas. Sem freios criaria argumentos sem pé nem cabeça para seus futuros filmes o que mais cedo ou mais tarde o acabaram levando para o buraco. Isso porém é tema para analisarmos quando formos falar de seus outros filmes. Por enquanto vale a pena deixar a indicação para essa pequena obra prima que causou muito impacto em seu lançamento. Nunca um filme sobre um garotinho que via gente morta despertou tanto interesse antes na história do cinema americano.

O Sexto Sentido (The Sixth Sense, Estados Unidos, 1999) Direção: M. Night Shyamalan / Roteiro: M. Night Shyamalan / Elenco: Bruce Willis, Haley Joel Osment, Toni Collette,  Olivia Williams, Donnie Wahlberg / Sinopse: Cole Sear (Haley Joel Osment) é um garotinho que nasceu com o poder de ver, falar e interagir com pessoas mortas. Para tentar estudar e solucionar seu problema ele começa a desenvolver uma sólida amizade com o Dr. Malcolm Crowe (Bruce Willis) que parece particularmente intrigado com esse precioso dom do garoto.

Pablo Aluísio.

sábado, 11 de outubro de 2025

Guia de Cinema - Filmes de Terror - Lançamentos de Outubro de 2025


Guia dos filmes de terror que vão estrear nos cinemas no Brasil em outubro de 2025, com título no Brasil, título original e sinopse curta:

Título no Brasil Título Original Sinopse
O Telefone Preto 2 The Black Phone 2 Quatro anos após escapar do sequestrador conhecido como “O Pegador”, Finney tenta reconstruir sua vida, enquanto sua irmã mais nova, Gwen, começa a receber ligações do telefone preto em seus sonhos. Eles descobrem uma conexão perturbadora entre sua família e o assassino, e precisam confrontar tanto os traumas do passado quanto o mal que os persegue. (AdoroCinema)
Lago dos Ossos Bone Lake Um casal vai passar férias românticas em uma casa isolada à beira de um lago, mas precisa compartilhar a casa com outro casal misterioso. À medida que segredos antigos vêm à tona, o retiro se torna um pesadelo de mentiras, manipulação e horror. (grupocasalcinemas.com.br)
Os Estranhos: Capítulo 2 The Strangers: Chapter 2 Maya, que sobreviveu a um ataque brutal dos mascarados, agora está em uma fuga desesperada. Ela ainda é perseguida, e a ameaça se intensifica conforme os mascarados retornam, mais perigosos do que antes. (Wikipédia)


quarta-feira, 8 de outubro de 2025

10 Curiosidades sobre o filme Invocação do Mal 4


Aqui vão 10 curiosidades sobre Invocação do Mal 4: O Último Ritual (The Conjuring: Last Rites) — algumas de bastidores, outras de produção/trama, e de recepção:

🔍 Curiosidades de Invocação do Mal 4

  1. Base em caso real – Smurl Haunting
    O filme é inspirado no famoso caso de assombração da família Smurl, que viveu em West Pittston, Pensilvânia, na década de 1970. Eles relataram uma série de eventos sobrenaturais perturbadores. (Wikipédia)

  2. Último filme da saga principal com Ed & Lorraine Warren
    Ele é apresentado como o capítulo final da série The Conjuring no que toca ao casal de investigadores paranormais (Patrick Wilson e Vera Farmiga). (Wikipedia)

  3. Direção e produção
    Dirigido por Michael Chaves (que dirigiu The Conjuring: The Devil Made Me Do It), com roteiro de Ian Goldberg, Richard Naing e David Leslie Johnson-McGoldrick. Produzido por James Wan e Peter Safran. (Wikipédia)

  4. Orçamento e bilheteria
    O orçamento foi de cerca de US$ 55 milhões. Já arrecadou globalmente cerca de US$ 459-460 milhões. (Wikipedia)

  5. Mudança de data de lançamento/campanha
    Diferente dos filmes anteriores da franquia, Last Rites estreou no outono / início de setembro de 2025, em vez do verão americano, o que indica uma estratégia diferente para o gênero terror. (Collider)

  6. Desempenho recorde nas bilheterias
    Na estreia nos EUA, faturou cerca de US$ 84 milhões, batendo recordes da franquia para primeiro fim-de-semana. Também teve uma abertura muito forte em mercados internacionais. (Wikipedia)

  7. Participação da filha Judy Warren
    Mia Tomlinson interpreta Judy Warren (filha de Ed e Lorraine), e o filme dá maior espaço para ela e seu namorado Tony (interpretado por Ben Hardy), mostrando a nova geração nessa saga sobrenatural. (Digital Spy)

  8. Aspecto mais sombrio
    Os produtores e o diretor dizem que este filme é o mais “escuro” da franquia, em termos de tom, cenas perturbadoras e horrores sobrenaturais, inclusive com entidades e situações de confronto emocional intenso. (EW.com)

  9. Final explicativo / possibilidades de continuidade
    Embora seja anunciado como o “último ritual” da série principal com os Warrens, o desfecho deixa pistas para que futuros filmes possam focar em Judy Warren ou outros casos sobrenaturais. (geekinout.pt)

  10. Sucesso de bilheteria no Brasil
    No Brasil, a estreia foi expressiva — segundo dados, no primeiro dia mais de 370 mil ingressos vendidos, arrecadando cerca de R$ 7,6 milhões, tornando-se a maior estreia de terror da história do país até então. (Wikipédia)


terça-feira, 7 de outubro de 2025

10 Curiosidades sobre a série Monstro: a História de Ed Gein


Aqui vão 10 curiosidades sobre a série Monster: The Ed Gein Story (em português, Monstro: A História de Ed Gein) — algumas confirmadas e outras que mostram até onde ela mistura fatos com ficção:
  1. Inspiração para clássicos do horror
    A série enfatiza como os crimes reais de Ed Gein influenciaram filmes famosos como Psicose (Norman Bates), O Massacre da Serra Elétrica (Leatherface) e O Silêncio dos Inocentes (Buffalo Bill). (Observatório do Cinema)

  2. Mudança no comando criativo
    Ao contrário das temporadas anteriores de Monster, esta terceira não é criada por Ryan Murphy — embora ele participe como produtor associado. O showrunner principal desta temporada é Ian Brennan. (Wikipedia)

  3. Transformação física do protagonista
    Charlie Hunnam, que interpreta Ed Gein, passou por uma mudança física significativa para o papel. Ele perdeu cerca de 13,6 kg para se adequar à interpretação. (Observatório do Cinema)

  4. Mistura de fato e ficção
    Há várias cenas dramatizadas que não têm evidência na vida real — por exemplo, o suposto assassinato do irmão Henry por Ed, mostrado na série, não está comprovado historicamente. (indy100)

  5. Personagem “romântico” dramatizado
    A série insere a personagem Adeline Watkins como interesse romântico de Ed, com uma relação bastante romantizada. Histórias sugerem que essa relação foi exagerada pela mídia; ela mesma depois negou parte das declarações que deram essa versão. (Marie Claire)

  6. Presença de Hitchcock e sua obra referenciada
    Alfred Hitchcock aparece como personagem na trama (interpretado por Tom Hollander), justamente por causa da influência que os crimes de Gein tiveram no gênero de horror e em filmes como Psicose. (Wikipedia)

  7. Controvérsias sobre gênero e identidade
    A série aborda (e tenta desassociar) mitos conflituosos sobre Gein e sua relação com identidade de gênero, cross-dressing, etc. Há uma cena com Christine Jorgensen (ícone trans) que, na trama, ajuda Ed a entender algumas das suas fantasias/obsessões. (Netflix)

  8. Final simbólico e reflexivo
    No episódio final há uma cena significante em que adolescentes tentam roubar a lápide de Ed Gein — algo baseado em acontecimentos reais, já que sua lápide foi furtada várias vezes. (Netflix)

  9. Recepção crítica negativa em muitos aspectos
    Apesar da produção, figurino e atuação serem elogiados em alguns casos, a série foi criticada por muitos por sua narrativa pouco focada, uso excessivo de violência gráfica e imprecisões factuais. (Wikipedia)

  10. Duração, episódios e ambientação
    São 8 episódios, ambientados nos anos 1950, no interior do Wisconsin. A série mostra o Ed Gein mais velho, sua vida isolada, sua relação com a mãe, seus delírios, e como ele chega aos extremos que chocam, conectando isso também à cultura pop de horror. (Netflix)

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Os 10 Filmes de Terror de Maior Sucesso dos anos 90

 
Os 10 Filmes de Terror de Maior Sucesso dos anos 90

1. O Sexto Sentido / The Sixth Sense (1999)
Sinopse: Um garoto de 9 anos afirma ver pessoas mortas; ele procura ajuda de um psicólogo infantil, e juntos eles descobrem que há muito mais por trás desse dom inquietante. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 672,8 milhões. 

2. Seven / Se7en (1995)
Sinopse: Dois detetives, um novato e um veterano, caçam um serial killer que comete assassinatos baseados nos sete pecados capitais, deixando pistas macabras para que a investigação revele cada parte de seu plano. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 327 milhões. 

3. O Silêncio dos Inocentes / The Silence of the Lambs (1991)
Sinopse: A agente do FBI Clarice Starling busca capturar um serial killer conhecido como “Buffalo Bill”, para isso ela recorre à ajuda (às vezes aterrorizante) do Dr. Hannibal Lecter, preso, porém extremamente perspicaz. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 275,7 milhões. 

4. A Bruxa de Blair / The Blair Witch Project (1999)
Sinopse: Três estudantes vão até uma floresta para documentar a lenda da Bruxa de Blair, mas perdem-se e coisas estranhas começam a acontecer; tudo filmado em estilo “found footage”. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 248,6 milhões. 

5. Entrevista com o Vampiro / Interview with the Vampire (1994)
Sinopse: Um vampiro imortal, Louis, conta sua longa história a um escritor, incluindo sua relação conflitante com o vampiro Lestat e a criança vampira Claudia — vida longa, mas repleta de angústia e isolamento. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 223 milhões. 

6. Drácula de Bram Stoker / Bram Stoker’s Dracula (1992)
Sinopse: Versão do clássico romance de Bram Stoker: o Conde Drácula deixa sua Transilvânia para seduzir e espalhar terror em Londres, enquanto um advogado (Jonathan Harker) descobre as terríveis intenções dele. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 215,9 milhões. 

7. Os Outros / The Others (1999)
Sinopse: Grace vive numa mansão isolada com seus dois filhos que têm sensibilidade à luz; enquanto espera pelo retorno do marido da guerra, eventos sobrenaturais sugerem que não estão sozinhos.
Bilheteria mundial: cerca de US$ 200 milhões. 

8. Pânico / Scream (1996)
Sinopse: Depois de uma série de assassinatos misteriosos inspirados por terror clássico, um grupo de adolescentes descobre que todos estão sendo observados — e que ninguém está seguro. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 173 milhões. 

9. Pânico 2 / Scream 2 (1997)
Sinopse: Dois anos depois dos eventos do primeiro “Scream”, os sobreviventes de Woodsville estão na faculdade, mas o assassino mascarado retorna, adaptando seus métodos e espalhando medo nos novos espaços que os jovens frequentam. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 172,36 milhões. 

10. A Experiência / Species (1995)
Sinopse: Cientistas criam um híbrido humano-alienígena chamado Sil, que consegue escapar do laboratório; agora precisam capturá-la antes que ela se reproduza ou cause mais mortes. 
Bilheteria mundial: cerca de US$ 113,4 milhões. 

domingo, 28 de setembro de 2025

Filmes de Terror - Lançamentos de Setembro de 2025

Filmes de Terror - Lançamentos
Aqui vão alguns filmes de terror lançados nos cinemas em setembro de 2025, com pequenas sinopses de cada um:

🎬 Filmes e sinopses

Invocação do Mal 4: O Último Ritual 
The Conjuring: Last Rites
Data de lançamento: 5 de setembro de 2025 
Sinopse: É o nono filme do universo The Conjuring e promete ser o capítulo final com os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren. Baseado em eventos reais (o caso de Smurl), o longa retrata mais uma investigação sobrenatural onde a família Warren enfrenta forças ocultas e fenômenos demoníacos cada vez mais intensos e perigosos. 

A Longa Marcha: Caminhe ou Morra 
The Long Walk
Data de lançamento: 12 de setembro de 2025 
Sinopse: Adaptação de Stephen King (sob pseudônimo Richard Bachman). Cenário distópico: 100 jovens participam de uma competição brutal chamada “The Long Walk”, na qual devem manter um ritmo mínimo de caminhada — se caírem abaixo desse ritmo ou receberem avisos suficientes, são eliminados (literalmente). O filme explora o desespero, resistência física e psicológica, bem como a moralidade e o sacrifício que envolve a sobrevivência. 

Os Estranhos: Capítulo 2 
The Strangers: Chapter 2
Data de lançamento: 26 de setembro de 2025 
Sinopse: Continuação da saga de The Strangers. Maya, que sobreviveu ao ataque brutal no primeiro capítulo, tenta se recuperar; porém, os mascarados descobriram que ela está viva e retornam para terminar o trabalho. Perseguida novamente, sem lugar seguro, Maya enfrenta medo, trauma e violência enquanto luta pela sobrevivência.

Him
Data de lançamento: 19 de setembro de 2025 
Sinopse: Mistura de terror psicológico com crítica sobre fama e sacrifício. Conta a história de Cameron “Cam” Cade, um jovem talento no futebol americano que sofre um trauma cerebral grave após um ataque de fã, bem quando se preparava para um evento decisivo. Ele recebe uma oportunidade de recuperação sob a tutela de Isaiah White, um lendário quarterback em fim de carreira, que o convida para treinar em um complexo isolado. A residência se torna um ambiente carregado de pressão, segredos e tensão mental. 

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Blade Runner - O Caçador de Andróides

Blade Runner - O Caçador de Andróides
Não poderia deixar passa em branco o aniversário de lançamento de Blade Runner. O filme estreou há exatos 30 anos. É assustador como o tempo passa rápido! E é justamente sobre o tempo que Blade Runner lida em seu roteiro. Na trama um grupo de Replicantes (seres artificiais que são criados para os trabalhos pesados que os humanos não querem mais fazer) se revoltam e tentam fugir. Seu tempo de vida (ou existência) é muito curto, eles possuem uma consciência e se ressentem pelo fato de que em breve simplesmente deixarão de existir. Harrison Ford (no auge de sua popularidade) interpreta um Blade Runner, uma espécie de caçador futurista desses seres que ousam se rebelar contra seus mestres (e criadores) humanos. O filme foi um fracasso de bilheteria em sua estréia e aos poucos foi ganhando o status que hoje possui. Na época não tive a oportunidade de assistir Blade Runner nos cinemas (era jovem demais para isso) mas ainda alcancei sua repercussão quando foi lançado com grande pompa no mercado de vídeo (ainda no sistema do antigo VHS). É engraçado porque aluguei o filme mesmo sendo aconselhado a não fazer por amigos que tinham achado o filme "chato" demais. Uma opinião bem normal para um grupo de garotos da década de 80. Mesmo assim assisti e tive uma boa impressão. 

Claro que por ser muito jovem não consegui na época compreender e captar todas as nuances do roteiro, seu aspecto existencial e sua carga filosófica mas não esqueci do impacto das belas imagens e da estória pouco convencional. Seu clímax também me impressionou bastante. Era algo realmente novo, diferente e aquilo tudo me marcou, ficando em meu inconsciente por anos e anos. Só muito tempo depois quando revi a produção numa idade mais adulta pude entender o excelente subtexto do filme, sua mensagem intrínseca sobre a efemeridade da vida, do dilema de sabermos sobre a finitude de nossa existência e a passageira experiência que no fundo se resume a nossa vida material. Quando se é muito jovem a questão da brevidade de nossas vidas é algo completamente sem importância. Os jovens realmente possuem essa idéia vaga de que são eternos e indestrutíveis. Isso só vai ganhando maior foco depois com o passar dos anos, quando a morte e sua possibilidade vai ficando cada vez mais presente. O que antes era algo muito remoto começa a rondar, inclusive no cessar de vidas de nossos parentes mais próximos e queridos. E isso é algo que os Replicantes do filme entendem bem pois sua existência é muito curta e eles convivem com isso desde muito cedo. Retratados como vilões os Replicantes de Blade Runner lutam apenas por uma existência digna no pouco tempo que lhes restam. De certo modo eles são mais virtuosos e profundos que os humanos que os perseguem. A proximidade com a finitude de suas existências leva ao enriquecimento interior. E no meio de todas essas questões metafísicas e existenciais está o tempo, implacável. Philip K. Dick, morto antes da finalização do filme, sabia muito bem disso e tentou passar através de seus escritos essa mensagem. Essa é em essência a grande mensagem do filme. A vida é um presente, um singular momento dentro da existência do universo, mas ao mesmo tempo é muito efêmera, passageira, fugaz. Embora cruel o fato é que todos devem aproveitar cada minuto de suas vidas pois ele pode ser o último. Assista Blade Runner e reflita sobre isso.  

Blade Runner (Blade Runner, Estados Unidos, 1982) Direção: Ridley Scott / Roteiro: Hampton Fancher, David Webb Peoples baseado na novela "Do Androids Dream of Electric Sheep?" de Philip K. Dick / Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Daryl Hannah, Sean Young / Sinopse: Rick Deckard (Harrison Ford) é um caçador de andróides que sai no encalco de Roy (Rutger Hauer), um Replicante fugitivo.  

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Olhos Famintos

Título no Brasil: Olhos Famintos
Título Original: Jeepers Creepers
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists, American Zoetrope
Direção: Victor Salva
Roteiro: Victor Salva
Elenco: Gina Philips, Justin Long, Jonathan Breck
  
Sinopse:
Retornando para casa durante as férias de primavera, os irmãos Darry e Patricia Jenner testemunham a aparição de uma criatura bem sinistra que parece ir até um túnel sombrio. O fato os deixam curiosos e eles decidem ir até aquele local para investigar do que se trata. É um esconderijo perturbador, com seres estranhos e bizarros. Agora eles também entendem que são as próximas vítimas, pois o estranho ser começa a ir atrás deles por terem sido tão bisbilhoteiros. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Terror.

Comentários:
A fórmula pode até ser considerada batida e saturada, mas depois que você termina de assistir a "Jeepers Creepers" acaba descobrindo que ela ainda pode funcionar. Filmes de monstros nasceram com o próprio surgimento do cinema e nunca mais deixaram de fazer sucesso. Aqui temos um filme típico desse sub-gênero. Não há nada de espetacular no roteiro desse terror, a não ser o fato de que os escritores conseguiram revitalizar velhas situações, dando a impressão (nada mais do que mera impressão, é bom frisar) de que se tratava de algo novo. Brincando com o subconsciente do americano médio, que muitas vezes veio do meio-oeste, onde existem extensas fazendas e plantações, os diretores de arte criaram uma criatura monstruosa que remete aos velhos espantalhos dessas regiões. O efeito é obviamente eficiente, embora como gosto de salientar, nada muito original. Mesmo assim é um filme bacaninha para assistir numa noite entediada, sem nada mais interessante para fazer. A direção foi entregue a Victor Salva, que já havia chamado a atenção dos fãs de filmes Sci-fi antes com o estranho, mas interessante, "Energia Pura" de 1995. Depois do sucesso de "Olhos Famintos" ele ainda rodaria sua sequência, "Olhos Famintos 2" em 2003. E quem acha que a franquia não vai mais em frente é bom saber que o estúdio já anunciou agora para 2015 sua nova continuação, com o título de "Jeepers Creepers 3: Cathedral". Pelo visto essa estranha criatura ainda terá vida longa no cinema.

Pablo Aluísio

sábado, 13 de setembro de 2025

A Hora do Pesadelo 4 - O Mestre dos Sonhos

Título no Brasil: A Hora do Pesadelo 4 - O Mestre dos Sonhos
Título Original: A Nightmare on Elm Street 4 - The Dream Master
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Renny Harlin
Roteiro: Wes Craven, William Kotzwinkle
Elenco: Robert Englund, Rodney Eastman, John Beckman, Hope Marie Carlton, Kristen Clayton, Duane Davis

Sinopse:
Freddy Krueger retorna mais uma vez para aterrorizar os sonhos dos Dream Warriors restantes, bem como os de uma jovem que pode ser capaz de derrotá-lo para sempre. Filme indicado pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de melhor filme de terror do ano.

Comentários:
Nunca foi o típico filme da carreira do diretor Renny Harlin. A praia dele sempre foi outra, de filmes de ação com muita pancadaria e troca de tiros com metralhadoras, mas devo dizer que ele surpreendeu nesse filme da série "A Nightmare on Elm Street". Ele trouxe um visual muito bem produzido, caprichado mesmo, para esse quarto filme. Diria até que é o filme mais diferenciado da franquia. Os efeitos especiais na década de 1980 nem era tão perfeitos, porém ele superou isso com uma direção de arte realmente muito boa, acima da média. A bilheteria também foi considerada top de linha, acima do previsto pelo estúdio New Line. Para um filme que custou pouco mais de 14 milhões de dólares, a soma de 98 milhões arrecadados foi considerada excelente, o que levaria Freddy Krueger a voltar em mais filmes nos anos que viriam. Já o diretor Renny Harlin não quis continuar na série. Ele largou o famoso personagem dos filmes de terror e foi dirigir "Duro de Matar 2" que iria se tornar um dos maiores sucessos de sua carreira.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

A Mosca da Cabeça Branca

Título no Brasil: A Mosca da Cabeça Branca
Título Original: The Fly
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Kurt Neumann
Roteiro: George Langelaan, James Clavell
Elenco: Vincent Price, Patricia Owens, Herbert Marshall, Kathleen Freeman, Betty Lou Gerson, Charles Herbert

Sinopse: 
Por anos um cientista tenta sem sucesso transportar matéria pelo espaço, indo de um lugar ao outro. A invenção poderia ser revolucionária para o futuro da humanidade. A tentativa se baseia na reconstrução molecular entre câmeras de transporte. Durante uma dessas tentativas porém uma mosca adentra o recipiente de transposição, fundindo o DNA do inseto com o DNA humano, criando nesse processo um ser simplesmente monstruoso!

Comentários:
Esse filme ganhou um selo de cult movie com o passar dos anos. É fato que se trata mesmo de um grande clássico do cinema fantástico do passado. O roteiro e sua direção de arte só ganharam com o passar do tempo e o filme não ficou ridículo após todos esses anos, o que é um feito e tanto! Aliás muito pelo contrário. O que vemos é Hollywood tentando captar o clima original em vários remakes, inclusive o de 1986 que também é uma pequena obra prima. A Mosca da Cabeça Branca tem todos os ingredientes dos filmes fantásticos dos anos 1950. Existe a desconfiança natural com os rumos da ciência, o cientista que não consegue frear seus impulsos, passando por cima da ética e os efeitos nefastos de seus experimentos - em filmes assim isso era representado justamente pelo surgimento de aberrações, monstros sanguinários. Uma maravilha! Não existe nada mais charmoso hoje em dia em termos de cinema do que os antigos - e muito bem bolados - filmes de Sci-fi dos anos 50 e 60. Em última análise essas produções continuam tão influentes hoje em dia como eram na época de seu lançamento! Nesse aspecto chega mesmo a ser genial. Outro aspecto digno de nota é que o filme não abusa dos efeitos especiais e nem da maquiagem. Sempre os esconde, nas sombras, por exemplo, justamente para manter o clima de suspense. Com isso o filme não foi atingido pelo tempo, uma vez que tudo é sutilmente escondido. Caso os efeitos datados fossem colocados mais em evidência o filme perderia e muito. Porém o roteiro foi inteligente o bastante para ser apenas sutil, sugerir na maior parte do tempo, sem apelar para o vulgar. Em suma, é um clássico sem dúvida. Um dos melhores de sua linhagem.

Pablo Aluísio.

sábado, 30 de agosto de 2025

A Freira

A Freira
O filme até começa bem. Uma freira pula do alto da torre da abadia onde vive. Ela se joga para a morte com uma corda no pescoço. Obviamente um suicídio. Quem a encontra, muitos dias depois, já em estado de decomposição, é um morador de um vilarejo local que todos os meses vai até a abadia com mantimentos. O caso trágico chama a atenção da igreja que manda até o local o Padre Burke (Demián Bichir), acompanhando da jovem noviça Irmã Irene (Taissa Farmiga). Eles precisam descobrir o que estaria por trás da morte da religiosa. Uma vez chegando na abadia descobrem que o lugar é mais do que sinistro. A madre superiora é uma figura sombria, que nunca mostra o rosto. Também aparece pouco amigável. Já o contato com as demais freiras do local se torna praticamente impossível, pois elas vivem em clausura completa. Aos poucos o padre vai descobrindo cada vez mais sobre o passado do lugar, o que talvez explique tudo o que estaria acontecendo.

O problema maior desse filme "A Freira" é que o roteiro não valoriza o suspense, o mistério. O filme vai bem até mais ou menos a metade da duração. Depois as coisas vão acelerando até perder totalmente o seu maior trunfo, que seria justamente a sugestão, as sombras, o mistério. O fato é que o roteiro explica demais o que está acontecendo no filme, com isso o suspense vai para o ralo. Filmes assim, que subestimam a inteligência do espectador, escancarando tudo de uma vez, perdem demais no quesito terror. São filmes que não conseguem confiar no público. Tem que explicar tudo direitinho, dando até o nome do demônio que age na abadia. Não é assim que se produz um bom filme de terror!

No mais fica pelo menos a curiosidade de ver a irmã mais jovem da atriz Vera Farmiga atuando  E ela é até bem carismática. Por falar nisso a Vera é uma das produtoras executivos do filme que é mais um a trazer a marca da série de filmes de terror de sucesso "The Conjuring". Para quem não se lembra tudo começou lá atrás, em 2013, com "Invocação do Mal". Todos os filmes estão de uma forma ou outra interligados. Essa figura sombria da Freira inclusive já havia aparecido antes. Era no começo apenas uma assombração apavorante, mas que o roteiristas resolveram desenvolver mais, contando sua história. Uma pena que apenas isso não consiga salvar o filme de seus próprios erros.

A Freira (The Nun, Estados Unidos, 2018) Direção: Corin Hardy / Roteiro: Gary Dauberman, James Wan / Elenco: Demián Bichir, Taissa Farmiga, Jonas Bloquet / Sinopse: Após a morte misteriosa de uma freira, um padre e uma noviça são enviados pelo Vaticano para descobrir tudo o que estaria por trás daquela morte trágica.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

A Múmia

A Múmia 
Tom Cruise já não é mais o mesmo. Esse seu novo filme na Universal Pictures não conseguiu se tornar um sucesso, apesar da agressiva campanha de marketing. Com orçamento de 125 milhões de dólares faturou pouco mais de 30 milhões no mercado americano. Foi um pouquinho melhor no mercado internacional, mas mesmo assim ainda não se pagou nas bilheterias. Em resumo: é praticamente um fracasso comercial. E isso não foi injusto. O problema é que Cruise tem se concentrado apenas em fazer blockbusters vazios nesses últimos anos e o público já demonstra sinais de estar cansado disso. Cansaram do Cruise, essa é a verdade. Mas e o filme, é bom? Esse filme na verdade é o primeiro de uma série que a Universal quer lançar, todos trazendo os velhos monstros clássicos do estúdio. Com o selo de Dark Universe, eles querem resgatar filmes com Drácula, Frankenstein, Lobisomen, o Homem Invisível, enfim, toda a galeria dos antigos personagens de terror da era clássica da Universal Pictures. É uma boa ideia, mas também é preciso caprichar um pouco mais nesse resgate. Esse primeiro filme com a Múmia deixa bastante a desejar nesse ponto. Cheio de efeitos especiais e furos de roteiro, jamais consegue convencer ou prender a atenção. Ao contrário disso deixa aquela sensação incômoda de que mais uma vez estamos perdendo tempo.

O enredo gira em torno de um grupo de militares que no Iraque acaba descobrindo uma antiga tumba de uma princesa que viveu no antigo Egito. Na verdade ela fez um pacto com o Set, o Deus da Morte. Por isso jamais deixou de viver. Aprisionada numa tumba com mércurio (retiraram essa ideia da tumba real do primeiro imperador da China), a princesa ganha vida novamente depois que seu sarcófago é aberto. Tom Cruise interpreta um desses militares que acaba virando alvo da maldição da múmia, ficando preso pela eternidade ao destino da monstruosidade que retorna à vida. Através de um roteiro pouco original (consegui rapidamente ver plágios envolvendo diversos filmes como "Força Sinistra" e "Um Lobisomem Americano em Londres" com direito a um amigo em estado de putrefação avançada ao longo do filme), esse novo "A Mùmia" não me convenceu. Para piorar os roteiristas resolveram colocar personagens de "O Médico e o Monstro" no meio da trama. O que funcionou em séries como "Penny Dreadfull" aqui não deu muito certo. Enfim, se depender desse primeira produção da Dark Universe não teremos muitos revivals interessantes. Uma pena!

A Múmia (The Mummy, Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Direção: Alex Kurtzman / Roteiro: David Koepp, Christopher McQuarrie / Elenco: Tom Cruise, Russell Crowe, Sofia Boutella, Annabelle Wallis / Sinopse: Equipe de militares americanos descobre por acaso a tumba milenar da princesa do antigo Egito Ahmanet (Sofia Boutella). No passado ela matou sua família em busca do poder absoluto do império. Também fez um pacto com Set, o Deus da Morte. Agora ela está de volta à vida, trazendo morte e destruição por onde passa.

Pablo Aluísio.

sábado, 23 de agosto de 2025

Um Lobisomem Americano em Londres

Um Lobisomem Americano em Londres
O melhor filme sobre Lobisomens já feito. Engraçado que nossos queridos licantropos não tem mesmo muita sorte no cinema, pois poucos são os clássicos envolvendo suas aventuras. Pior é que ultimamente estão usando os lobinhos como meros coadjuvantes de luxo em filmes de vampiros (vide Crepúsculo e Anjos da Noite). Em Anjos da Noite eles não passam de cães ferozes de estimação e em Crepúsculo são anabolizados andróginos. Assim não dá. Até hoje ainda não fizeram um filme de lobisomens tão bom quanto esse e olha que já tentaram muito. O que mais me agrada nesse filme é que apesar de ser um terror classe A o humor não foi deixado de lado, mostrando que bom humor e terror podem conviver perfeitamente dentro de um mesmo roteiro, sem necessariamente resultar em um terrir (expressão usada pelo diretor brazuca David Cardoso). Na trama acompanhamos dois jovens estudantes americanos em férias que são atacados por terríveis criaturas em uma região sombria e distante do interior da Inglaterra. Um deles não sobrevive ao ataque mas o outro é hospitalizado. Após receber alta ele começa a ter estranhas alucinações com seu amigo morto. O falecido inclusive vai sofrendo o processo de decomposição natural dos cadáveres enquanto vai aconselhando ao seu amigo a agir de forma definitiva para cessar as mortes ao seu redor. 

A cena da transformação segue imbatível até os dias de hoje. Nem toda a computação gráfica do mundo conseguiu superar o impacto dessa sequência. Na realidade o cérebro humano não reage bem a cenas com muita computação gráfica porque uma mensagem do inconsciente nos é enviada imediatamente informando que aquilo não é real. Por isso tudo fica falso demais. Já essa cena da transformação utilizou muito mais de maquiagem (real), ângulos de câmera e truques de montagem. O resultado logo se nota. A aparição do Licantropo é perfeita. Já a continuação desse filme é uma decepção total, mais uma vitima de uma overdose de CG. Dispense. Assim temos uma produção única que marcou época. Sempre presente em qualquer lista dos melhores filmes de terror já feitos, "Um Lobisomem Americano em Londres" é simplesmente obrigatório para todos os fãs do gênero. Depois dele você nunca mais verá uma lua cheio do mesmo jeito que antes.

Um Lobisomem Americano em Londres (An American Werewolf in London, Estados Unidos, Inglaterra, 1981) Direção: John Landis / Roteiro: John Landis / Elenco: David Naughton, Griffin Dunne, Jenny Agutter, Frank Oz, John Woodvine / Sinopse: Dois jovens estudantes americanos são atacados por terríveis criaturas em uma região sombria e distante do interior da Inglaterra. Um deles não sobrevive ao ataque mas o outro é hospitalizado. Após receber alta ele começa a ter estranhas alucinações com seu amigo morto. Estaria enlouquecido ou teria adquirido alguma maldição milenar? Assista para descobrir. "Um Lobisomem Americano em Londres" foi o vencedor do Oscar de melhor maquiagem e do prêmio Saturn Award, como melhor filme de terror do ano.

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Os Garotos Perdidos

Título no Brasil: Os Garotos Perdidos
Título Original: The Lost Boys
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Jan Fischer, James Jeremias
Elenco: Jason Patric, Corey Haim, Kiefer Sutherland, Dianne Wiest
  
Sinopse:
Depois de se mudarem de sua cidade dois irmãos começam a suspeitar que a região para onde foram morar está na verdade infestada de vampiros pelas redondezas. Filme vencedor do prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Filme de Terror. Também indicado nas categorias de Melhor Maquiagem, Figurino, Ator (Corey Haim) e Melhor Ator Coadjuvante (Barnard Hughes).

Comentários:
Muitos dizem que Joel Schumacher é um cineasta que só realiza porcarias. Bobagem, ele certamente é um diretor de altos e baixos, mas também acerta o alvo quando lhe convém. Esse "The Lost Boys" é um exemplo. Pense bem, esse filme já adentrou a esfera dos cult movies, sendo considerado hoje em dia um dos melhores filmes de terror dos anos 80 - o que não deixa de ser um título pra lá de honroso. O roteiro não esconde suas pretensões. Foi uma forma de revitalizar a figura do vampiro para as novas gerações. Não no sentido do que hoje isso significa (transformando vampiros em adolescentes bobos e apaixonados), mas sim em resgatar o monstro do passado para lhe dar uma nova roupagem, mas de acordo com os jovens daquela época. O resultado se mostra desde o começo muito acertado. Há ótimas decisões de linguagem, como a câmera sobrevoando a cidade como se fosse o ponto de vista de um vampiro e uma trilha sonora muito bem escolhida, com alguns clássicos do rock. Além disso o uso bem bolado do visual Heavy Metal dos jovens dos anos 80 acabou, vejam só, se encaixando muito bem na proposta. Enfim, "The Lost Boys" é realmente um achado para quem curte vampiros adolescentes assassinos em geral. Uma ótima diversão que resistiu até mesmo ao tempo, mostrando que tal como seus personagens também se mostra forte candidato a se tornar também imortal. Quem diria...

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de agosto de 2025

Frankenstein de Mary Shelley

Frankenstein de Mary Shelley
O sucesso de Drácula de Bram Stoker fez com que naturalmente os estúdios procurassem o mais rápido possível adaptar outros livros clássicos de terror. Assim a Tri-Star Pictures colocou em andamento um projeto ambicioso: adaptar o famoso livro de Mary Shelley, Frankenstein. A fórmula seria a mesma que foi usada em Drácula, ser o mais fiel possível ao texto original, ignorando todos os filmes anteriores sobre o tema. Não era uma missão fácil. O design da criatura dos filmes da Universal faz parte da cultura pop até os dias atuais. A estória todos já conheciam mas como adaptação dos mesmos filmes. Era uma mitologia muito conhecida afinal. As surpresas vieram logo quando o nome do diretor e ator Kenneth Branagh foi anunciado para dirigir o novo filme. Ele era muito mais associado às adaptações de William Shakespeare e não tinha muita intimidade com o universo dos filmes de terror tradicionais. Maior surpresa ocorreu depois quando o estúdio anunciou o grande ator Robert De Niro para viver a criatura! Essa seguramente foi a escolha de elenco mais improvável da história de Hollywood. De Niro interpretando o monstro seria no mínimo esquisito. Fora isso a nova versão de Frankenstein teve o melhor em termos de produção e estrutura. Nesse meio tempo o diretor Roger Corman em mais um lance de oportunismo lançou sua própria versão de Frankenstein. Um filme pra lá de bizarro que chegou até mesmo a ser lançado em nossas locadoras na época.

De qualquer modo as pessoas ansiavam mesmo pela produção classe A de De Niro  e Branagh. O filme finalmente foi lançado em novembro de 94. A crítica se dividiu. Para muitos a produção era sem inspiração, preguiçosa e maçante. Para outros era válida a iniciativa de se revisar o texto original de Mary Shelley. Em meu conceito Frankenstein é bem irregular mas não credito todos os problemas apenas ao filme em si. De certa forma o próprio texto de Mary Shelley envelheceu terrivelmente. Escrito como uma aposta da autora que queria produzir o romance mais aterrorizante de sua época,  Frankestein é uma obra que intencionalmente carrega nas tintas a todo momento. Nunca teve a sofisticação dos textos de Bram Stoker. Essa falta de sutileza assim se torna óbvio no transcorrer do filme. Além do mais a segunda parte da trama soa muito ultrapassada nos dias atuais. Com tantos problemas no texto original não é de se estranhar que o filme tenha tantos problemas. A produção de primeira linha está lá, um bom diretor e um elenco de ótimos profissionais também, mas o filme não empolga, não surpreende em nenhum momento. A nova visão do livro de Mary Shelley fez sucesso nas telas mas jamais conseguiu se tornar uma unanimidade como o filme de Francis Ford Coppola. Sem dúvida deixa a desejar em vários aspectos.

Frankenstein de Mary Shelley (Frankestein, Estados Unidos, 1994) Direção: Kenneth Branagh / Roteiro: Steph Lady baseado na obra de Mary Shelley / Elenco: Robert De Niro, Kenneth Branagh, Tom Hulce, Helena Bonham Carter, Aidan Quinn, Ian Holm, John Cleese, Richard Briers / Sinopse: Victor Frankenstein (Kenneth Branagh) é um cientista vitoriano que decide utilizar as recentes descobertas sobre eletricidade para tentar criar vida a partir de restos humanos de pessoas falecidas. Seus experimentos acabam dando origem a uma estranha criatura (Robert De Niro) que a despeito de sua precária condição consegue expressar e desenvolver muitos dos mais nobres sentimentos humanos. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Drácula de Bram Stoker

No século XV um nobre romeno, Vlad Tepes, luta ao lado da Igreja Cristã Romena para expulsar os turcos da região dos Cárpatos. Sua noiva, Elisabetha (Winona Rider), acreditando que Vlad havia morrido nos campos de batalha, não suporta e comete suicídio atirando-se no rio. Porém seu grande amor não estava morto e, ao retornar da guerra, fica sabendo da morte da amada. E pior: ouve do padre Cesare que a alma de Elisabetha estava amaldiçoada por ter cometido suicídio. Neste momento, Vlad, corroído por um ódio gigantesco, renuncia, não só à igreja, mas também a Deus. Depois de romper com a igreja e com Deus, Vlad alia-se ao anti-cristo, atinge a imortalidade, e passa a ser chamado de Conde Drácula (o filho do diabo), passando assim a alimentar-se de sangue, numa prática conhecida como vampirismo. Depois de quatrocentos anos, Drácula descobre que o espírito de Elizabetha reencarnou em Londres com o nome de Wilhelmina Murray (Winona Rider), ou simplesmente, Mina Murray. Jonathan Harker (Keanu Reeves), noivo de Mina, é um jovem negociante que resolve em certa ocasião viajar à Transilvânia até a fúnebre mansão do Conde Drácula a fim de vender para o funesto proprietário dez terrenos na região de Londres. Chegando à mansão, Jonathan começa a desconfiar do estranho anfitrião, mas antes que consiga fugir, é feito prisioneiro do Conde demoníaco. Com Jonathas prisioneiro, o caminho de Drácula fica livre para que ele viaje até Londres em busca de sua amada eterna. Porém o que Drácula não sabe é que o Dr. Van Helsing (Anthony Hopkins) pode estragar todos os seus planos pois o caçará de forma implacável.

Na melhor, e mais fiel, adaptação do livro "Drácula", escrito em 1897 pelo irlandês Abraham Stoker, ou simplesmente Bram Stoker (1847-1912), Coppola realizou de forma magistral um mosaico aterrorizante e perfeito do famoso e demoníaco Conde da Transilvânia: Vlad Tepes (Drácula) - O Empalador. Ou seja, uma criatura sensual, aterrorizante, carismática e depravada. Com pinceladas na fotografia que vão desde um cianótico entristecido, até um vibrante e sensual vermelho, a obra instigante de Coppola encanta e atormenta as mentes mais centradas e ajustadas. O longa - "Drácula de Bram Stoker" (Bram Stoker's Dracula - 1992) marca de forma indelével as atuações da bela e translúcida Winona Ryder e do excelente e performático Gary Oldman. Os dois são o sustentáculo de um roteiro excelente e perturbador que a todo instante nos deixa em dúvida de tudo o que realmente é real ou onírico. A cada cena, os personagens parecem atravessar a estrada lúgubre que desemboca nas esquinas da sensualidade, da luxúria e do horror. Num exame mais profundo da obra, descobrimos que um despudorado e genial Francis Ford Coppola, consegue injetar, de forma lenta e profunda, doses letais de anfetamina nas veias de uma charmosa Inglaterra Vitoriana. Uma obra magnífica!

Drácula de Bram Stoker (Dracula, EUA, 1992) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro:  James V. Hart baseado na obra de Bram Stoker / Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Billy Campbell, Sadie Frost, Tom Waits, Monica Bellucci / Sinopse: Jonathan Harker (Keanu Reeves) vai a um distante e isolado castelo com a missão de vender uma propriedade a um estranho e recluso Conde chamado Drácula (Gary Oldman). Ao ver o retrato de sua amada o monstro fica admirado com a semelhança com sua antiga paixão, uma jovem falecida há muitos séculos. Não tardará para que o Conde vá ao seu encontro.

Telmo Vilela Jr.

sábado, 9 de agosto de 2025

Drácula (1979)

A primeira vez que assisti a esse Drácula foi nos anos 80, no Supercine da Globo. Já naquela ocasião percebi que se tratava de um grande filme. Recentemente porém o filme foi relançado em DVD nos Estados Unidos e decidi rever novamente. O tempo só lhe fez justiça. Digo, sem medo de errar, que esse é certamente um dos melhores filmes sobre o lendário Conde criado por Bram Stoker. Claro que o filme de Francis Ford Coppola segue sendo até hoje a melhor adaptação do romance vampiresco para o cinema. Isso porem não tira os méritos dessa outra excelente produção que foi assinada pelo ótimo John Badham. De fato foi um dos primeiros filmes a seguirem de perto o livro original. Embora a trama tenha sido enxugada um pouco, o enredo segue praticamente o mesmo criado por Stoker.

Quando o filme começa já vemos Drácula desembargando numa Londres escura, cheia de nevoeiros e clima sombrio. O ideal para esse tipo de história. Aliás tiro o chapéu para a equipe que foi responsável pela direção de arte, figurinos, maquiagem e reconstituição histórica da produção, porque está simplesmente perfeita. Some a isso o excelente elenco e você terá uma pequena obra prima em mãos. Frank Langella como Drácula é uma combinação perfeita. Penso até que o ator teria ter voltado ao personagem em novos filmes. Seu estilo pessoal, dicção e modo de comportamento em tudo combina com o Conde da Transilvânia. Em pleno anos 70 ele conseguiu dar uma certa modernizada no personagem, com trejeitos e figurinos mais de acordo com a época, como também conseguiu respeitar a tradição do Conde da literatura. Não foi algo fácil de fazer. O mesmo vale para o veterano Laurence Olivier como seu opositor, o Dr. Van Helsing. Em suma, é um filmão de terror que deixaria orgulhoso o próprio Bram Stoker em pessoa! Nunca assistiu?! Não vá perder mais tempo e corra para conferir.

Drácula (Drácula, EUA, 1979) Direção de John Badham / Roteiro: Hamilton Deane baseado na obra de Bram Stoker / Com Frank Langella, Laurence Olivier, Donald Pleasence / Sinopse: Conde romeno de nome Drácula (Frank Langella) chega na vitoriana Londres para adquirir uma nova propriedade na cidade. Nesse momento conhece a linda Mina, filha do renomado Dr Van Helsing e sua amiga Lucy, jovem namorada de seu procurador. A aproximação se tornará irresistível para o vampiro da noite. .

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

O Lobisomem

O Lobisomem
A infância de Lawrence Talbot terminou na noite em que sua mãe morreu. Depois disso ele deixa a aldeia vitoriana de Blackmoor em direção ao futuro. Muitos anos depois retorna porque o corpo de seu irmão foi brutalmente assassinado e ele quer encontrar o verdadeiro assassino que fez aquela monstruosidade. Após algumas investigações descobre um terrível destino reservado para si mesmo. O fato é que alguém ou alguma coisa com uma força descomunal e insaciável sede de sangue está matando os aldeões. Um inspetor da Scotland Yard é então enviado para a região e descobre algo além da imaginação. Eis  o resumo da história. A intenção do filme fica clara logo nos primeiros momentos. É uma tentativa de homenagear o clássico "O Lobisomem" da década de 1940. O enredo é praticamente o mesmo, só que melhor desenvolvido. Os personagens são os mesmos e clima do filme original foi recriado com as técnicas modernas. Não gosto de remakes mas esse filme sinceramente achei bem intencionado em seus propósitos. 

Some-se a isso a bela direção de arte (realmente de primeira classe) e um bom elenco e você terá no mínimo uma diversão honesta. Perceba que a maquiagem procurou resgatar o design do monstro mostrado no primeiro filme. Esse também é outro ponto positivo pois os realizadores poderiam muito bem partir para algo diferente, mais exagerado, um monstro digital, por exemplo. Ao invés disso optaram sabiamente por uma técnica mais analógica o que acabou trazendo mais realismo para as cenas dessa produção. Também gostei de todo o elenco, sem exceções. Benicio Del Toro tem o tipo ideal para seu papel, um sujeito de traços marcantes que esconde algo sinistro em sua vida pessoal. Anthony Hopkins também está ótimo, incorporando maneirismos que nos lembram sutilmente de feras selvagens e por fim temos Emily Blunt, muito bem equilibrada entre a beleza e a força de sua personagem. Dessa maneira "The Wolfman" é sem a menor sombra de dúvida uma ótima diversão, esqueça os críticos mal humorados e se divirta. 

O Lobisomem (The Wolfman, Estados Unidos, 2010) Estúdio: Universal Pictures, Relativity Media / Direção: Joe Johnston / Roteiro: Andrew Kevin Walker, David Self / Elenco: Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt / Sinopse: O filme conta a história de um homem amaldiçoado pela lua cheia, onde passa a se transformar em uma besta assassina, um lobisomem. 

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de agosto de 2025

Transformers

Título no Brasil: Transformers
Título Original: Transformers
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: DreamWorks SKG, Paramount Pictures
Direção: Michael Bay
Roteiro: Roberto Orci, Alex Kurtzman
Elenco: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel

Sinopse:
Estranhos seres espaciais pertencentes a uma raça de máquinas resolvem invadir o planeta Terra para impor sua dominação sobre a frágil e tecnologicamente indefesa raça humana. Do lado do bem surgem os Autobots e do lado do mal os Decepticons. No meio deles um adolescente meio boboca e sua namorada gostosona completam o enredo desse sucesso comercial baseado nos famosos brinquedos dos anos 80.

Comentários:
Spielberg disponibilizou 150 milhões de dólares para a produção desse filme. Inicialmente ele iria dirigir mas depois pensou melhor e percebeu que não seria nada bom para seu prestígio de cineasta sério emprestar seu nome para algo assim tão rasteiro. Não há como negar, "Transformers" se resume a uma sucessão sem fim de cenas de computação gráfica de última geração e... nada mais. Não adianta procurar por roteiro, atuação ou relevância artística nesse tipo de filme. É cinema pipoca adolescente elevado à nona potência! Já que o negócio era explosão, Spielberg chamou o pirotécnico Michael Bay para mandar tudo pelos ares de uma vez por todas! Isso ajuda a distrair um pouco o tempo (longo demais) que esse filme leva para terminar. Ah, a beleza da Megan Fox também ajuda! Morenaça de olhos azuis e exalando sensualidade por todos os poros de seu lindo corpão, ela logo se torna outra razão para ver esse tipo de coisa. Obviamente que como atriz ela é um grande zero à esquerda mas quem se importa com isso afinal de contas? Deslique o cérebro, tape os ouvidos, abra os olhos e boa sorte!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Aliens - O Resgate

Revi ontem esse pequeno clássico da ficção. Na verdade me lembro de ter assistido o filme no cinema, em seu lançamento original. Depois disso devo ter revisto na TV e foi só. Provavelmente fazia mais de 20 anos que tinha visto pela última vez. A mente esquece e muitas vezes ao revermos filmes assim e tudo volta soar como boa novidade - pelo menos em nossa mente esquecida. O filme continua muito bom, muito bem realizado. E para minha surpresa resistiu bem ao tempo, coisa rara em filmes de ficção. Os efeitos especiais não envelheceram, a não ser em pequenos trechos, pontuais, quando as naves sondam o planeta infestado pelos aliens. Alguns detalhes do enredo havia esquecido. Por exemplo, quando o filme começa a Ripley (Sigourney Weaver) descobre que ficou 57 anos hibernando em sua pequena nave de fuga. O filme assim começa onde "Alien, o Oitavo Passageiro" terminou. Ela fugiu da nave mãe e ficou vagando pelo espaço. Agora é resgatada, quase por acaso, por um missão de exploradores. Aliás detalhe importante: no mesmo planeta onde tudo aconteceu no primeiro filme a companhia mineradora fundou uma colônia com mais de 150 habitantes. Claro, péssima ideia.

E é justamente para lá que Ripley retorna após a companhia descobrir que os colonos não entraram mais em contato. O que aconteceu? A tenente então desce novamente naquele lugar esquecido, mas dessa ela não está só. Agora vai com um grupo de fuzileiros altamente armados. E aqui vem o grande diferencial do primeiro filme para esse segundo. O diretor James Cameron deixou o clima de suspense do "Oitavo Passageiro" de lado e investiu na ação, na porrada. Afinal nessa época a moda era mesmo os filmes de ação como "Rambo" e "Comando Para Matar". Sim, Cameron injetou muitos litros de testosterona em seu filme.

Outro aspecto que o diretor turbinou foi a concepção dos próprios aliens. Agora não existe apenas um alienígena, mas dezenas deles, todos provindos de um ninho de aliens. Aliás Cameron também colocou na jogada a própria rainha-mãe das criaturas, que vê desesperada a Ripley tocando fogo em seus ovos com um lança-chamas. Porém temos que dizer também que o filme não é apenas porrada e ação. James Cameron em seu roteiro criou também a personagem de uma menina, a única sobrevivente da colônia. Ela serviu para trazer mais humanidade para Ripley. E também abriu um aspecto subliminar interessante no enredo, mostrando dois lados maternais, a da própria Ripley e obviamente a da rainha-mãe dos aliens. Tudo sutilmente jogado enquanto o massacre de aliens e humanos acontece. "Aliens, o Resgate" é bem isso, tudo potencializado, tudo elevado à nona potência.É seguramente o filme mais violento da série.

Aliens, o Resgate (Aliens, Estados Unidos, 1986) Direção: James Cameron / Roteiro: James Cameron, David Giler / Elenco: Sigourney Weaver, Michael Biehn, Carrie Henn, Paul Reiser, Lance Henriksen, Bill Paxton / Sinopse: Após ficar décadas vagando pelo espaço, Ripley (Weaver) é resgatada. Após se recuperar decide partir para uma missão de resgate no planeta onde tudo aconteceu no primeiro filme. Lá a companhia fundou uma colônia de humanos, que agora não entra mais em contato. A missão de Ripley e seus fuzileiros é descobrir o que teria acontecido. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhores Efeitos Sonoros (Don Sharpe) e Melhores Efeitos Especiais (Stan Winston, Robert Skotak, John Richardson e Suzanne M. Benson).

Pablo Aluísio.

sábado, 26 de julho de 2025

A Hora do Espanto

Charley Brewster (William Ragsdale) é um típico jovem americano que começa a desconfiar dos estranhos hábitos de seu novo vizinho, o misterioso e charmoso  Jerry Dandrige (Chris Sarandon). Após investigar por conta própria ele acaba descobrindo que Jerry é na verdade um vampiro, igual aos que vê todas as noites nos filmes da TV. Sem saber o que fazer pede ajuda a  Peter Vincent (Roddy McDowall), um ator decadente que apresenta um programa que exibe velhas produções de terror. Claro que essa ideia não dará muito certo!

Esse filme segue sendo um dos melhores feitos na década de 80. Quem foi jovem na época lembra do grande sucesso que fez, a tal ponto que deu origem a uma série de filmes genéricos, que inclusive imitavam seu título original. A premissa também tinha tudo a ver com os anos 80. Naquela época havia uma série de programas na TV, ou melhor dizendo, sessões de filmes, geralmente sendo exibidos nas madrugadas, que eram apresentados por atores veteranos do terror. Quem aqui no Brasil não se lembra do Cine Trash? Era bem nessa linha. Por isso o roteiro brincava bastante com essa situação, a de um jovem comum, que curtia esses filmes de horror e que de repente descobria que havia um vampiro de verdade se mudando para a casa ao lado!

Muito divertida essa ideia. Depois ele ia descobrindo mais e mais coisas e acabava pedindo ajuda a um apresentador de programas como as que eu falei, sessões de filmes porcarias, exibidos madrugadas adentro. Só que obviamente o sujeito era apenas um ator e não um caçador de vampiros! O mais legal desse ícone do terror 80´s é que todo o elenco está afinadíssimo em cena. A começar por Chris Sarandon como o vampiro, retomando todo aquele charme antigo dos monstros da Hammer. Charmoso e perigoso, ele se leva à sério em um filme que tinha duplo objetivo: fazer rir e dar sustos! Assim "A Hora do Espanto", o original e não suas refilmagens sem graça, ainda continua à prova do tempo, mesmo que seus efeitos especiais tenham envelhecido, nada consegue estragar essa produção verdadeiramente atemporal. Tudo envolvido agora com um delicioso saber de nostalgia.

A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Amanda Bearse,  Roddy McDowall, Stephen Geoffreys, Jonathan Stark / Sinopse: Para seu espanto, jovem fã de filmes de horror de baixo orçamento descobre que seu novo vizinho é na verdade um vampiro! Filme premiado no Avoriaz Fantastic Film Festival na categoria de Melhor Direção (Tom Holland).

Pablo Aluísio.