Título no Brasil: O Lobisomem de Londres
Título Original: Werewolf of London
Ano de Produção: 1935
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Stuart Walker
Roteiro: John Colton, Robert Harris
Elenco: Henry Hull, Warner Oland, Valerie Hobson
Sinopse:
O especialista em botânica Wilfred Glendon (Henry Hull) viaja até uma distante e isolada região do Tibet em busca de uma planta rara, que dá uma flor em poucos dias do ano. Uma vez lá acaba sendo atacado por um animal desconhecido e violento. Apesar dos vários ferimentos sobrevive e decide voltar a Londres. Uma vez na capital inglesa descobre que há algo muito errado com ele, pois está fadado a virar um lobisomem na próxima lua cheia.
Comentários:
Muitos anos antes de "O Lobisomem" (1941) - considerado erroneamente como o primeiro filme sobre lobisomens do cinema americano - a Universal investiu nessa fita muito curiosa, "Werewolf of London". De certa maneira tudo o que o público veria depois no filme clássico com Lon Chaney Jr seria explorado aqui. Há todo um enredo preparando o espectador para o momento em que o protagonista finalmente vira o famoso monstro do folclore e sai atacando pelas ruas da charmosa cidade londrina (que infelizmente foi recriada em parte nos estúdios americanos de Hollywood). Obviamente que uma produção como essa, realizada nos distantes anos 1930, soará atualmente como inocente e sem maiores surpresas, mas na época tenha certeza que impressionou a muitos. A produção é B, mas tudo é compensado com um clima muito bem feito, com neblinas e sombras. Infelizmente o diretor não viveria muito para ver a influência que seu filme teria dentro do cinema de terror. Ele morreu pouco tempo depois, curiosamente no mesmo ano em que o clássico imortal sobre essa fera, "O Lobisomem", chegava nas telas de cinema com enorme sucesso.
Pablo Aluísio.
domingo, 13 de julho de 2025
quinta-feira, 10 de julho de 2025
A Múmia
Título no Brasil: A Múmia
Título Original: The Mummy
Ano de Produção: 1959
País: Inglaterra
Estúdio: Hammer Film Productions
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster
Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Yvonne Furneaux
Sinopse:
Em 1895, uma equipe de arqueólogos descobre o túmulo da princesa Ananka, uma sacerdotisa egípcia. Eles são avisados para não perturbarem o sono eterno dela, mas ao fazê-lo, despertam a múmia de Kharis, o sumo sacerdote que amava a princesa. Três anos depois, um egípcio, Mehemet Bey, transporta a múmia para a Inglaterra em busca de vingança contra aqueles que profanaram o túmulo de Ananka. É deixado ao filho do descobridor original desvendar o mistério e proteger sua esposa Isobel, que tem uma notável semelhança com a princesa.
Comentários:
Esqueça a moderna franquia da múmia, que mais parece um vídeo game de uma imitação de Indiana Jones. Estamos aqui na presença de mais uma pequena obra prima do estúdio inglês Hammer. O elenco já é de arrepiar os fãs do cinema clássico de terror com Peter Cushing e Christopher Lee. Essa dupla certamente fará os fãs se lembrarem dos filmes de Drácula da própria Hammer mas aqui a proposta é diferente. O roteiro procura explorar mais esse monstro, a múmia, que ao lado do conde vampiro da Transilvânia e do Lobisomem fizeram a alegria dos fãs em matinês lotadas dos anos 1950. Lee e Cushing estão impagáveis mas quem acaba roubando a cena é a direção de arte e a maquiagem do filme. O trabalho que foi feito em Christopher Lee até hoje me soa bem satisfatório. Poderia ser apenas um ator enrolado em panos de mumificação mas os maquiadores da Hammer optaram por fazer algo muito mais bem realizado. E mesmo sob fotografia colorida tudo sai muito convincente, mesmo nos dias atuais. A Hammer compensava muitas vezes orçamentos limitados com muita imaginação. Nos dias de hoje muitos irão obviamente reclamar da precariedade de certos efeitos visuais e dos figurinos do Egito Antigo mas isso deve ser deixado de lado pois a Múmia é de fato ainda muito divertido e até mesmo marcante, já que seu clima caprichado, muito bem trabalhado, compensa todas as limitações da produção do filme na época.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Mummy
Ano de Produção: 1959
País: Inglaterra
Estúdio: Hammer Film Productions
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Jimmy Sangster
Elenco: Peter Cushing, Christopher Lee, Yvonne Furneaux
Sinopse:
Em 1895, uma equipe de arqueólogos descobre o túmulo da princesa Ananka, uma sacerdotisa egípcia. Eles são avisados para não perturbarem o sono eterno dela, mas ao fazê-lo, despertam a múmia de Kharis, o sumo sacerdote que amava a princesa. Três anos depois, um egípcio, Mehemet Bey, transporta a múmia para a Inglaterra em busca de vingança contra aqueles que profanaram o túmulo de Ananka. É deixado ao filho do descobridor original desvendar o mistério e proteger sua esposa Isobel, que tem uma notável semelhança com a princesa.
Comentários:
Esqueça a moderna franquia da múmia, que mais parece um vídeo game de uma imitação de Indiana Jones. Estamos aqui na presença de mais uma pequena obra prima do estúdio inglês Hammer. O elenco já é de arrepiar os fãs do cinema clássico de terror com Peter Cushing e Christopher Lee. Essa dupla certamente fará os fãs se lembrarem dos filmes de Drácula da própria Hammer mas aqui a proposta é diferente. O roteiro procura explorar mais esse monstro, a múmia, que ao lado do conde vampiro da Transilvânia e do Lobisomem fizeram a alegria dos fãs em matinês lotadas dos anos 1950. Lee e Cushing estão impagáveis mas quem acaba roubando a cena é a direção de arte e a maquiagem do filme. O trabalho que foi feito em Christopher Lee até hoje me soa bem satisfatório. Poderia ser apenas um ator enrolado em panos de mumificação mas os maquiadores da Hammer optaram por fazer algo muito mais bem realizado. E mesmo sob fotografia colorida tudo sai muito convincente, mesmo nos dias atuais. A Hammer compensava muitas vezes orçamentos limitados com muita imaginação. Nos dias de hoje muitos irão obviamente reclamar da precariedade de certos efeitos visuais e dos figurinos do Egito Antigo mas isso deve ser deixado de lado pois a Múmia é de fato ainda muito divertido e até mesmo marcante, já que seu clima caprichado, muito bem trabalhado, compensa todas as limitações da produção do filme na época.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 8 de julho de 2025
Frankenstein
Título Original: Frankenstein
Ano de Lançamento: 1931
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: James Whale
Roteiro: John L. Balderston, Mary Shelley
Elenco: Colin Clive, Boris Karloff, Mae Clarke, John Boles, Edward Van Sloan, Frederick Kerr
Sinopse:
Dr. Frankenstein, um ambicioso e até mesmo meio lunático cientista, decide que quer superar o desafio da morte. Ele pretende com suas experiências trazer material orgânico morto de volta à vida e para isso usa a força da energia contida em raios capturados em uma grande tempestade. E suas experiências realmente dão certo, criando um monstro em seu processo.
Comentários:
Poucos filmes na história do cinema foram tão influentes dentro da cultura pop como esse primeiro Frankenstein da década de 1930. Para bem entender isso basta lembrar da figura do monstro. O design de maquiagem feita para essa produção marcou para sempre esse personagem ícone. Basta pensar em Frankenstein para vir imediatamente à mente a maquiagem usada por Boris Karloff. Ficou para sempre imortalizada no inconsciente coletivo das pessoas. E além desse aspecto importante temos que reconhecer que o filme é genial, mesmo tendo passado quase 100 anos de seu lançamento original. Todos os elementos já estão presentes na película, desde a direção, a linda fotografia em preto e branco (que combinou muito bem com o lado soturno da história) e o elenco, que não poderia ser mais perfeito. Some-se a isso a força da própria obra original escrita por Mary Shelley que criou todo um gênero literário e sobrevive bravamente ao passar do tempo. Enfim, obra-prima do começo ao fim. Excelente em todos os aspectos. Ao lado de Drácula é considerado o mais famoso e celebrado personagem de terror da galeria da Universal Pictures em sua era de ouro no cinema.
Pablo Aluísio.
sábado, 5 de julho de 2025
Museu de Cera
Após se vingar daqueles que o destruíram ele resolve voltar. Como é um artesão em recriar rostos e formas humanas cria uma máscara para esconder as deformidades de sua própria face, arranja um novo sócio e abre um novo museu de cera, só que essa vez bem diferente, com uma seção especializada em horrores que refaz todas as cenas dos maiores crimes da história. O que é desconhecido do público é que Henry Jarrod perdeu sua capacidade de criar figuras em cera após ter suas mãos queimadas no incêndio. Assim ele decide usar outra técnica para produzir suas novas "obras de arte" - isso mesmo, corpos humanos de verdade! Essa produção foi alvo de um remake há poucos anos, mas aquele roteiro tinha pouco a ver com essa produção original. Aqui o foco é todo voltado para as ambições de um artista que só pretendia refazer o belo em cera, mas que pelas circunstâncias de sua vida trágica teve que abraçar o grotesco e o horror!
Vincent Price usa uma bem feita máscara, que dá ao seu personagem uma face monstruosa. O ator usa de seu charme e elegância naturais para interpretar o gentil artista que no fundo esconde um terrível segredo. Charles Bronson também está no elenco interpretando Igor, o assistente mudo e com problemas mentais de Jarrod. Completando o elenco ainda temos Carolyn Jones, que se imortalizou como a Morticia Frump Addams da série de grande sucesso na TV americana, "A Família Addams". Tecnicamente o filme é muito bem realizado, com cenários bem construídos. Também foi um dos primeiros filmes da história a usar uma rudimentar tecnologia 3D. Você vai perceber bem isso em algumas cenas que parecem gratuitas, como a do animador com bolinhas de pingue-pongue que as fica atirando propositalmente em direção à tela. A única coisa que não me agradou muito do ponto de vista técnico nesse "House of Wax" foi sua trilha sonora incidental. Com uma linha de flauta irritante em sua melodia ela acabou atrapalhando um pouco justamente nos momentos mais tensos da estória. Mesmo assim, não é algo com se preocupar, pois não chega a ser um problema. No fundo é apenas fruto de uma época. Enfim, de maneira em geral é um terror muito bom, com aquele charme nostálgico que só melhorou com os anos. Não é de se admirar que seja um filme tão cultuado pelos fãs de terror até os dias de hoje!
Museu de Cera (House of Wax, Estados Unidos, 1953) Estúdio: Warner Bros / Direção: André De Toth / Roteiro: Crane Wilbur, Charles Belden / Elenco: Vincent Price, Carolyn Jones, Charles Bronson, Phyllis Kirk / Sinopse: Talentoso artista, especializado em fazer bonecos de cera de pessoas famosas da história, acaba ficando deformado por causa de um incêndio causado por seu sócio. Ao sobreviver as chamas decide então promover sua vingança contra todos aqueles que lhe fizeram mal no passado.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 2 de julho de 2025
Cinema News: Terror & Ficção
O gênero terror e ficção tem novidades nas telas de cinemas. Aliás os dois gêneros cinematográficos, irmãos e primos entre si, sempre figuram entre as 10 maiores bilheterias nos Estados Unidos e no mercado internacional. E isso, que começou lá atrás, na década de 1970, segue acontecendo, mesmo após a pandemia que quase colocou a indústria na bancarrota.
Entre os 10 mais vistos nos cinemas americanos nesse mês temos "M3GAN 2.0", o segundo filme dessa franquia que tem obtidos ótimos números nas bilheterias. Com apenas 2 semanas de exibição já ultrapassou os 40 milhões de dólares em ingressos vendidos. Dirigido por Gerard Johnstone, o filme tem sido sucesso de público, mas não de crítica. E mesmo entre os fãs de terror há quem não tenha gostado.
Se o primeiro filme tinha a história desenvolvida dentro de um núcleo familiar, esse segundo aposta na tecnologia bem na linha Cyber punk, colocando a boneca Megan em situações que sinceramente falando mais lembram uma espécie de "Exterminador do Futuro" high tech. Para muitos foi uma mudança forte demais em algo que vinha dando certo. Ainda não assisti ao filme, mas pelas informações tenho achado meio esquisito. A ver.
Outro filme que está entre os dez mais vistos nesse mês temos ainda "Extermínio: A Evolução", um azarão que parece ter caído no gosto do público americano. Aqui temos um grupo de sobreviventes que vivem isolados em uma ilha após uma pandemia (olha ela aí de novo!) que exterminou grande parte da humanidade. Pois é, enquanto o novo filme de Resident Evil não surge nas telas o público vai se aquecendo com filmes na mesma linha. Uma boa notícia para os produtores dessa nova linha de zumbis.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 25 de junho de 2025
Cuidado Com Quem Chama
Título Original: Host
Ano de Lançamento: 2020
País: Reino Unido
Estúdio: Shadowhouse Films
Direção: Rob Savage
Roteiro: Gemma Hurley, Rob Savage
Elenco: Haley Bishop, Jemma Moore, Emma Louise Webb, Radina Drandova, Caroline Ward
Sinopse:
Durante a pandemia um grupo de amigas decide se reunir virtualmente no Zoom. Para tornar tudo ainda mais interessante e divertido, elas chamam uma médium para a sessão. Querem entrar em contato com pessoas mortas. Só que aquilo que começa quase como uma brincadeira toma rumos inesperados e perigosos para todas elas.
Comentários:
A premissa é boa, não há como negar. Com a popularização das lives o formato inovador desse filme de terror inglês nem despertará tanta surpresa assim, ainda mais nessa nova geração que já cresceu com o Youtube. A questão é que nem sempre uma boa ideia inicial garante a realização de um bom filme em seu desenvolvimento, no desenrolar da história. Esse é o problema mais fácil de detectar aqui. O que começa muito bem logo desanda para o genérico. O tal ente espiritual que surge na sessão poderia ter sido mais bem trabalhado trazendo sua história ou motivação para o que vai acontecer depois. Só que isso inexiste nesse roteiro. Ele é apenas identificado como um demônio e nada mais. Um diabo genérico, sem maiores detalhes. Depois de tantas décadas de filmes de terror um cinéfilo mais experiente não vai certamente se contentar com tão pouco. Foi exatamente o meu caso ao assistir a esse filme. Enfim, boa ideia que ficou pelo meio do caminho.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 18 de junho de 2025
Invocação do Mal 2
Título no Brasil: Invocação do Mal 2
Título Original: The Conjuring 2
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Frances O'Connor
Sinopse:
Logo após participar das investigações paranormais na mansão em Amityville, onde toda uma família foi assassinada, o casal Warren é contactado pelas autoridades da Igreja Católica. Eles desejam que Ed (Patrick Wilson) e sua esposa Lorraine (Vera Farmiga) viajem até o norte de Londres para descobrirem se uma série de acontecimentos estranhos e misteriosos são verdadeiros ou uma fraude. A Igreja evita se envolver em casos que chamem muito a atenção da mídia e por essa razão antes de entrarem no caso querem sondar o que realmente estaria acontecendo. A garota Janet (Madison Wolfe) supostamente estaria possuída por uma entidade do mal. Nada porém poderia preparar para o que os Warren encontrariam naquela casa londrina sombria.
Comentários:
Sem fazer favor algum esse segundo filme da franquia "The Conjuring" é seguramente o melhor de toda a série. Um dos melhores filmes de terror que assisti recentemente. Inicialmente o roteiro se divide em duas linhas narrativas bem separadas. Na primeira, Lorraine Warren (Vera Farmiga) percebe que uma entidade demoníaca a seguiu até sua casa após ela participar das investigações envolvendo aquele crime horrendo ocorrido na casa de Amityville, um caso sinistro que deu origem a sua própria série de filmes de terror de sucesso. Pois bem, a tal entidade estaria se utilizando de uma imagem de blasfêmia justamente para corroer a fé de Lorraine - uma católica devota. Aparecendo como um freira amaldiçoada o demônio parece querer algo do casal. Na outra linha narrativa uma típica família londrina sofre um forte abalo quando a garotinha Janet (Madison Wolfe) começa a manifestar estranhos sinais de possessão. Ao que tudo indica sua casa estaria sendo assombrada pelo espírito de um velho que lá havia morado no passado. Quando a Igreja Católica entra no caso resolve enviar antes o casal Warren para investigar os fenômenos sobrenaturais que se manifestam, ligando as duas linhas narrativas. A partir daí temos um dos melhores roteiros dos últimos tempos no cinema americano. Tudo muito bem narrado, atuado e dirigido. Um dos aspectos mais curiosos vem da cena final, um clímax realmente de arrepiar. Até chegar lá porém o espectador não precisa se preocupar pois os sustos são muitos - e todos muito bem feitos, preferindo sempre valorizar o suspense. O diretor australiano James Wan não costuma errar pois já havia dirigido o primeiro filme "Invocação do Mal", "Jogos Mortais", o filme original e "Sobrenatural". Esse entende bem desse tipo de produção. Nota dez para ele e todos os envolvidos na realização desse ótimo terror.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Conjuring 2
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Madison Wolfe, Frances O'Connor
Sinopse:
Logo após participar das investigações paranormais na mansão em Amityville, onde toda uma família foi assassinada, o casal Warren é contactado pelas autoridades da Igreja Católica. Eles desejam que Ed (Patrick Wilson) e sua esposa Lorraine (Vera Farmiga) viajem até o norte de Londres para descobrirem se uma série de acontecimentos estranhos e misteriosos são verdadeiros ou uma fraude. A Igreja evita se envolver em casos que chamem muito a atenção da mídia e por essa razão antes de entrarem no caso querem sondar o que realmente estaria acontecendo. A garota Janet (Madison Wolfe) supostamente estaria possuída por uma entidade do mal. Nada porém poderia preparar para o que os Warren encontrariam naquela casa londrina sombria.
Comentários:
Sem fazer favor algum esse segundo filme da franquia "The Conjuring" é seguramente o melhor de toda a série. Um dos melhores filmes de terror que assisti recentemente. Inicialmente o roteiro se divide em duas linhas narrativas bem separadas. Na primeira, Lorraine Warren (Vera Farmiga) percebe que uma entidade demoníaca a seguiu até sua casa após ela participar das investigações envolvendo aquele crime horrendo ocorrido na casa de Amityville, um caso sinistro que deu origem a sua própria série de filmes de terror de sucesso. Pois bem, a tal entidade estaria se utilizando de uma imagem de blasfêmia justamente para corroer a fé de Lorraine - uma católica devota. Aparecendo como um freira amaldiçoada o demônio parece querer algo do casal. Na outra linha narrativa uma típica família londrina sofre um forte abalo quando a garotinha Janet (Madison Wolfe) começa a manifestar estranhos sinais de possessão. Ao que tudo indica sua casa estaria sendo assombrada pelo espírito de um velho que lá havia morado no passado. Quando a Igreja Católica entra no caso resolve enviar antes o casal Warren para investigar os fenômenos sobrenaturais que se manifestam, ligando as duas linhas narrativas. A partir daí temos um dos melhores roteiros dos últimos tempos no cinema americano. Tudo muito bem narrado, atuado e dirigido. Um dos aspectos mais curiosos vem da cena final, um clímax realmente de arrepiar. Até chegar lá porém o espectador não precisa se preocupar pois os sustos são muitos - e todos muito bem feitos, preferindo sempre valorizar o suspense. O diretor australiano James Wan não costuma errar pois já havia dirigido o primeiro filme "Invocação do Mal", "Jogos Mortais", o filme original e "Sobrenatural". Esse entende bem desse tipo de produção. Nota dez para ele e todos os envolvidos na realização desse ótimo terror.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 17 de junho de 2025
Domínio - Prequel do Exorcista
Título no Brasil: Domínio - Prequel do Exorcista
Título Original: Dominion - Prequel to the Exorcist
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Productions
Direção: Paul Schrader
Roteiro: William Wisher Jr., Caleb Carr
Elenco: Stellan Skarsgård, Gabriel Mann, Clara Bellar
Sinopse:
Dois padres católicos, entre eles Lankester Merrin (Stellan Skarsgård), são enviados para a África para monitorarem a descoberta de uma antiga e desconhecida igreja soterrada pelas areias do deserto. Assim que entram no local descobrem que aquela igreja foge dos padrões convencionais. Dedicada ao anjo Gabriel, que na tradição teria vencido Lúcifer e seus demônios, ela esconde sob seu altar um terrível segredo envolvendo um mal milenar. Ao abrir aquelas portas os padres também abrem, sem saber, os próprios portões do inferno.
Comentários:
Esse filme mostra como foi confusa a volta da franquia "O Exorcista" para os cinemas. Essa produção foi dirigida pelo cineasta Paul Schrader. A produtora Morgan Creek não gostou do resultado. O projeto foi arquivado, embora quase concluído. O cineasta Renny Harlin finalizou assim a versão de "O Exorcista: O Início" e foi mal recebido por público e crítica. A Morgan Creek então voltou atrás e contratou novamente Schrader para terminar seu filme original. E é justamente isso que conferimos aqui em "Dominion: Prequel to the Exorcist". Embora não seja um grande filme consegue ser melhor do que a versão de Harlin, que ficou muito obcecado com efeitos digitais e esqueceu de desenvolver o lado de suspense e terror de sua obra cinematográfica. "Dominion" se mostra mais sofisticado sob esse ponto de vista. O enredo é melhor trabalhado e não abraça tantas soluções apelativas como o filme anterior. Também mostra problemas de produção pois como foi um projeto arquivado, desarquivado e montado meio que às pressas (para ser lançada pela Warner em 2005) mostra uma certa vacilação em torno do desenvolvimento dos acontecimentos e uma pobreza maior em termos de efeitos especiais. Mesmo assim é bem interessante, um projeto que espera-se não seja o último envolvendo a marca "O Exorcista".
Pablo Aluísio.
Título Original: Dominion - Prequel to the Exorcist
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Morgan Creek Productions
Direção: Paul Schrader
Roteiro: William Wisher Jr., Caleb Carr
Elenco: Stellan Skarsgård, Gabriel Mann, Clara Bellar
Sinopse:
Dois padres católicos, entre eles Lankester Merrin (Stellan Skarsgård), são enviados para a África para monitorarem a descoberta de uma antiga e desconhecida igreja soterrada pelas areias do deserto. Assim que entram no local descobrem que aquela igreja foge dos padrões convencionais. Dedicada ao anjo Gabriel, que na tradição teria vencido Lúcifer e seus demônios, ela esconde sob seu altar um terrível segredo envolvendo um mal milenar. Ao abrir aquelas portas os padres também abrem, sem saber, os próprios portões do inferno.
Comentários:
Esse filme mostra como foi confusa a volta da franquia "O Exorcista" para os cinemas. Essa produção foi dirigida pelo cineasta Paul Schrader. A produtora Morgan Creek não gostou do resultado. O projeto foi arquivado, embora quase concluído. O cineasta Renny Harlin finalizou assim a versão de "O Exorcista: O Início" e foi mal recebido por público e crítica. A Morgan Creek então voltou atrás e contratou novamente Schrader para terminar seu filme original. E é justamente isso que conferimos aqui em "Dominion: Prequel to the Exorcist". Embora não seja um grande filme consegue ser melhor do que a versão de Harlin, que ficou muito obcecado com efeitos digitais e esqueceu de desenvolver o lado de suspense e terror de sua obra cinematográfica. "Dominion" se mostra mais sofisticado sob esse ponto de vista. O enredo é melhor trabalhado e não abraça tantas soluções apelativas como o filme anterior. Também mostra problemas de produção pois como foi um projeto arquivado, desarquivado e montado meio que às pressas (para ser lançada pela Warner em 2005) mostra uma certa vacilação em torno do desenvolvimento dos acontecimentos e uma pobreza maior em termos de efeitos especiais. Mesmo assim é bem interessante, um projeto que espera-se não seja o último envolvendo a marca "O Exorcista".
Pablo Aluísio.
sábado, 7 de junho de 2025
Sonâmbulos

Nessa revisão ficaram claros alguns pontos. A primeira metade do filme é muito superior ao seu terço final. O romance entre o sonâmbulo jovem Charles Brady e Tanya é tolinho e sem qualquer profundidade mas pelo menos mantém o interesse. A boa cena de perseguição entre um carro policial e o carro esporte de Charles também rende um bom momento. O clima de tensão envolvendo a velha casa e os gatos ao redor também é algo bacana, e original pois não tinha visto em nenhum filme. O problema de "Sonâmbulos" realmente é seu desfecho. A partir do momento em que Charles é atacado e volta para casa o filme desanda. Quando eles se transformam então o clima que era de sutil suspense é substituído pelo puro e simples trash. Faltou sutileza a Stephen King aqui. Mesmo com todos esses problemas vale a pena a espiada, principalmente para quem é fã do King. A ideia inicial é boa, bem bolada, mas desperdiçada ao longo do filme, o que é uma pena.
Sonâmbulos (Sleepwalkers, Estados Unidos, 1992) Direção: Mick Garris / Roteiro: Stephen King / Elenco: Brian Krause, Alice Krige, Madchen Amick / Sinopse: Um jovem e sua mãe pertencem a uma rara raça de monstros chamada Sleepwalkers (Sonâmbulos). Em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos tentam se misturar com a população local. Baseado na obra de Stephen King.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 6 de junho de 2025
A Hora do Pesadelo 2
Título no Brasil: A Hora do Pesadelo Parte 2 - A Vingança de Freddy
Título Original: A Nightmare on Elm Street Part 2 - Freddy's Revenge
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jack Sholder
Roteiro: David Chaskin, Wes Craven
Elenco: Robert Englund, Mark Patton, Kim Myers
Sinopse:
Freddy Krueger (Robert Englund), o assassino da rua Elm está de volta aos pesadelos dos adolescentes para continuar sua saga de mortes e violência. Seu alvo agora é um jovem que é raptado em seus sonhos pelo homicida lunático. 1,2... o Freddy está atrás de você, 3,4... tranque a porta do quarto, 5,6... mantenha o crucifixo ao seu lado, 7,8... é melhor ficar acordado, 9,10... nunca mais durma!
Comentários:
O primeiro "A Hora do Pesadelo" não foi um sucesso espetacular de bilheteria mas acabou encontrando uma verdadeira legião de fãs quando foi lançado em VHS. Em pouco tempo virou uma fita cultuada pelos admiradores do gênero e assim o estúdio percebeu que tinha um filão em mãos. Não tardou muito para que essa continuação fosse filmada. A primeira grande ausência que se nota aqui é a de Wes Craven que entrou em atrito com os produtores e não quis dirigir a sequência (embora tenha sido creditado no roteiro). Em seu lugar entrou Jack Sholder de "Noite de Pânico". De qualquer maneira para os fãs o que importava mesmo era o retorno do personagem Freddy Krueger que seria novamente interpretado pelo ator Robert Englund. "A Nightmare on Elm Street Part 2" não consegue ser um grande filme. Parte de sua trama é uma mera derivação do que se viu no primeiro filme e tirando uma ou outra cena mais bem bolada o que vemos é mais do mesmo. Seu grande mérito foi mesmo ter levado a franquia em frente, mostrando para a New Line que Krueger tinha potencial comercial. Com isso mais filmes do assassino Freddy Krueger ganhariam as telas e as locadoras nos anos que viriam.
Pablo Aluísio.
Título Original: A Nightmare on Elm Street Part 2 - Freddy's Revenge
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jack Sholder
Roteiro: David Chaskin, Wes Craven
Elenco: Robert Englund, Mark Patton, Kim Myers
Sinopse:
Freddy Krueger (Robert Englund), o assassino da rua Elm está de volta aos pesadelos dos adolescentes para continuar sua saga de mortes e violência. Seu alvo agora é um jovem que é raptado em seus sonhos pelo homicida lunático. 1,2... o Freddy está atrás de você, 3,4... tranque a porta do quarto, 5,6... mantenha o crucifixo ao seu lado, 7,8... é melhor ficar acordado, 9,10... nunca mais durma!
Comentários:
O primeiro "A Hora do Pesadelo" não foi um sucesso espetacular de bilheteria mas acabou encontrando uma verdadeira legião de fãs quando foi lançado em VHS. Em pouco tempo virou uma fita cultuada pelos admiradores do gênero e assim o estúdio percebeu que tinha um filão em mãos. Não tardou muito para que essa continuação fosse filmada. A primeira grande ausência que se nota aqui é a de Wes Craven que entrou em atrito com os produtores e não quis dirigir a sequência (embora tenha sido creditado no roteiro). Em seu lugar entrou Jack Sholder de "Noite de Pânico". De qualquer maneira para os fãs o que importava mesmo era o retorno do personagem Freddy Krueger que seria novamente interpretado pelo ator Robert Englund. "A Nightmare on Elm Street Part 2" não consegue ser um grande filme. Parte de sua trama é uma mera derivação do que se viu no primeiro filme e tirando uma ou outra cena mais bem bolada o que vemos é mais do mesmo. Seu grande mérito foi mesmo ter levado a franquia em frente, mostrando para a New Line que Krueger tinha potencial comercial. Com isso mais filmes do assassino Freddy Krueger ganhariam as telas e as locadoras nos anos que viriam.
Pablo Aluísio.
Assinar:
Postagens (Atom)